"Por que amamos? O que está por trás desse sentimento que, segundo dizem, move montanhas? É se debruçando sobre a filosofia, a ancestralidade, mitos africanos, indígenas, orientais, ocidentais e até sobre a biologia que Renato Noguera nos leva a refletir sobre os diferentes significados do amor. Amar é querer aprender, ensinam-nos os gregos. A esse aprendizado, soma-se outro fundamental, desta vez proveniente de culturas afro-indígenas: amar não é uma emoção individual, mas coletiva, e pode envolver duas, três, quatro pessoas, ou mesmo uma comunidade inteira - o que é explicado também pela biologia. A alquimia de Noguera está em mostrar como os ensinamentos de filósofos e pensadores das mais diversas eras e sociedades não se contradizem, mas complementam-se. Por que amamos? Não há apenas uma resposta - assim como não há apenas uma forma de amor."
Género: Filosofia.
Data de Publicação: 2020.
Páginas: 160.
Editora: HarperCollins Brasil.
Avaliação no Goodreads: 3.91 ⭐⭐⭐
Crédito - Por que Amamos - Os que os Mitos e a Filosofia têm a dizer sobre o Amor - de Renato Noguera | Livros |
Opinião:
De vez em quando, gosto de introduzir entre livros, géneros literários de não ficção que me fazem pensar. Por contraste, aos romances ou às comédias que me fazem mais sentir. Todavia, este livro de Renato Noguera dá-nos os dois: a liberdade para pensarmos e para sentirmos.
Acredito que a maioria das pessoas tenha uma ideia do que é o amor.
O autor escreve-nos sobre os mitos e a filosofia que nos leva a sentir um amor, uma paixão ou algo no nosso coração que faz bater mais depressa por alguém. Pergunta-se como surgiu, se pelo poder de contar histórias ou se nasce como sobrevivência.
indicam que há algo no amor que depende menos da nossa razão do que imaginávamos.
A verdade é que temos muitas hipóteses para desbravar deste tão grande sentimento que nos faz cantar músicas a plenos pulmões até a chorar a prantos no meio da rua. O capítulo que mais gostei foi o 3º onde o escritor reflete sobre como amar é contar histórias.
A vida é como uma grande narrativa: cheia de peripécias, aventuras, obstáculos e adversidades, não é muito diferente de filmes, novelas e romances. Talvez seja por isso que, desde tempos imemoriais, como os do rei Shariar e Sherazade, as pessoas buscaram e se encantaram com histórias - seja ao redor de fogueiras, em arenas públicas ou na privacidade de seus lares.
Quando gostamos de alguém sentimos as borboletas a crescer a dançar no estômago até alcançarem o coração. Permito-as sempre que voem e, depois desta leitura, continuo a achar este sentimento puro e bonito, se ao menos existir compreensão. Todo o livro se reveste deste sentimento e conta com o prefácio de Djamila Ribeiro, outra filósofa e escritora.
Classificação: 4 ⭐⭐⭐⭐
Desconhecia por completo 😳
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