segunda-feira, 26 de abril de 2021

Sobre as dúvidas

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Porque as dúvidas também fazem parte. Estão presentes no teu e no meu cotidiano. Nos dias grandes e nos dias pequenos. Dos dias mais surreais até os mais expectantes. Dúvidas. Fazem parte de um pequeno ou grande momento. Fazem parte do nosso ADN.

Espelham-se nas coisas que mais valorizámos. Porque a dúvida pode estar presente numa cor, uma coisa simples, ou num assunto da alma, uma coisa mais complexa. Somos de ferro até duvidarmos do sangue que se verte do nosso corpo. 

Dúvidas podem ser o raio de incerteza que temos. Ou o raio de certeza que nós não sabemos ter. Dúvidas. Podem até ser o raio. De qualquer coisa importante. 

Estamos num mundo diferente daquele que nascemos e consequentemente crescemos. Mas com as mudanças, advém os desenvolvimentos. E estes tempos de pandemia se ensinaram uma lição foi a seguinte: liberdade não é algo garantido mas antes, uma luta coletiva que se faz todos os dias. Da liberdade não há dúvida. Quanto tudo o resto já é um outro assunto.

domingo, 25 de abril de 2021

Stateless | Netflix

 Sinopse:


"Uma mulher que foge de um culto, um refugiado que foge com a sua família, um pai preso com um emprego sem saída e uma burocrata à beira de um escândalo nacional encontram as suas vidas entrelaçadas num centro de detenção de imigração. Inspirado em eventos reais."


Género: Política. 


Data de Publicação: 2020.


Temporadas: 1.


IMDB: 7.5.


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Opinião:


Stateless é uma série que explora muito a vida dos refugiados, pessoas que fogem de suas casas por vários motivos sendo alguns deles: a perseguição, a guerra, a ausência de liberdade, instabilidade política e económica mas, ainda há uma outra série de razões dos quais não deveriam ser menosprezados.

Esta temática é ainda muito silenciada e vista de canto. É uma questão tão delicada que deveria ser muito mais desenvolvida e ainda, tratada com mais humanidade. Afinal, são vidas de milhares de pessoas presas em sistemas burocráticos ou sem uma nação, sem um sentido de vida.

Esta série sem dúvida que me alertou para me envolver mais com a causa destas pessoas. Vidas que podiam ser eventualmente as nossas. E, se ao menos tivemos a sorte de nascer num país democrático, não só deveríamos lutar para que a igualdade e a liberdade continuassem e ganhassem ainda mais dimensão como também deveríamos ajudar vidas humanas das quais muitas só conhecem desilusão, mágoa e sobrevivência.

Deixo ainda quatro contas de instagram das quais tenho seguido e que por conseguinte, nos mantém a par de alguns dos problemas bem como as histórias de vida de pessoas sem refúgio:

  1. humansbeforeborders;
  2. humanrightswatch;
  3. human;
  4. unitednationshumanrights.
Por favor leiam sobre este assunto e sejamos no final do dia mais humanos.

A Divina Sabedoria dos Mestres - A Descoberta do Poder do Amor - de Brian Weiss | Livros

 Sinopse:


"Diane, uma enfermeira, encontrou no ombro de um paciente um sinal em forma de quarto crescente exactamente igual ao de um filho que perdera numa outra vida. Ela e o paciente são agora marido e mulher.


Jim foi recrutado à força para a guerra do Vietname. Mais tarde recorda que, numa vida passada, fora um soldado americano brutalmente assassinado por índios - era essa a origem da sua relutância em combater.


Carole foi acordada a meio da noite por um telefonema. A voz do outro lado da linha, que pergunta pela sua família, era a do seu pai - que morrera alguns dias antes.


Estas histórias, e todas as outras que constam deste livro, revelam uma verdade simples mas profunda. E ninguém melhor do que o Dr. Brian Weiss, psiquiatra e autor de renome, para o fazer. Trata-se das mensagens transmitidas pelos Mestres, seres altamente evoluídos, almas não físicas que sempre nos acompanharam e que estão connosco neste momento. 


Em A Divina Sabedoria dos Mestres, várias pessoas partilham testemunhos íntimos e surpreendentes sobre o poder miraculoso do amor. Esta é a principal revelação que nos fazem os Mestres - que o amor é a força essencial da vida no universo e a suprema energia curadora. Segundo o Dr. Brian Weiss, estamos prontos para receber esta mensagem e para levar a cabo todas as transformações que ela implica."


Género: Desenvolvimento Pessoal e Espiritual.


Data de Publicação: 2010. 


Páginas: 250.


Editora: Pergaminho.


Fotografia da minha autoria - A Divina Sabedoria dos Mestres de Brian Weiss, livros

Opinião:

A Divina Sabedoria dos Mestres é o primeiro livro de 2021 sobre a espiritualidade e o seu desenvolvimento que leio. Na verdade, deve ser uma das temáticas que menos leio e por isso, esta oportunidade que surgiu foi bem aproveitada.


Aprendemos através das relações e, como tal, é importante que compreendamos o modo como tocámos os outros.


Já há algum tempo que desejava conhecer os trabalhos do escritor, Brian Weiss, e por fim, esse dia chegou. Este livro foi me emprestado e para quem leu este livro fica com a estranha sensação de que nem tudo são meros acasos nem tão pouco meras eventualidades. 


Não existe um prazo para mudarmos o mundo. Aquilo que importa realmente é começar.


Acredito que há um momento certo para tudo, inclusive, para ler cada livro. Para este livro é necessário navegarem por estas páginas com uma mente e espírito aberto. Afinal de contas, este exemplar aborda a vida pós-morte e os vários testemunhos do psiquiatra, Brian Weiss. Portanto, sei que não é um livro para todos mas, eu gosto de ler sobre diversos temas até que não seja para ficar com a mente presa num mundo só meu e com as minhas crenças. Gosto de ler sobre o que as outras pessoas acreditam e o seu porquê.


Existe tanta beleza, tanta verdade e amor à nossa volta, mas nós só muito raramente abrandamos o suficiente para repararmos, para apreciarmos.


No fim deste livro, saímos com boas energias. E ainda, com uma noção do que pode existir para lá da morte do corpo físico, uma vez que a alma tal como o amor é eterno. Uma das coisas que mais gostei de ler neste lexemplar foi o poder do amor para tudo: para a superação, para a recuperação, para a cicatrização, para a continuação. E, claro, sobre a imortalidade da alma.


O amor é a nossa natureza. Nós somos amor.

Classificação: 4 estrelas.

#livros #A Divina Sabedoria dos Mestres #BrianWeiss

sábado, 17 de abril de 2021

Vir'ó Disco e Toca o Mesmo | Podcast

 Sobre o Podcast:


"Dois inconformados com a (des)informação vomitada por todo o lado, opiniões casmurras infundamentadas e estigmas colados à sociedade como pastilha elástica nas mesas da escola."


Interlocutores: Inês Conde e Guilherme Pinheiro.


Spotify: spotify.com.


Instagram: virodisco_tocaomesmo.


Vir'ó Disco e Toca o Mesmo | Podcast - Crédito a Inês Conde e Guilherme Pinheiro


Opinião:

E este mês, tal como não podia faltar, partilho com vocês o mais recente podcast que tem acompanhado a minha semana: Vir'ó Disco e Toca o Mesmo. Um projeto de 2021 que conta com 5 episódios que se ouvem rapidinho e do qual se passa uma boa tarde.

Se há algo que nesta fase de desconfinamento sinto falta é a de uma coisa tão simples quanto a de conversar com os amigos e talvez por isso, este podcast seja o ideal para quem tal como eu se sinta assim. São conversas de café que podes ouvir em qualquer lado e especialmente em casa para alegrar a alma e doer a barriga de rir. 

Inês Conde e Guilherme Pinheiro são dois interlocutores que se interessam por informar bem e são os responsáveis por nos deixar com uma boa disposição! Além disso, no instagram podes ver as sugestões que partilham em cada episódio do seu podcast, desde livros a música. 

Madam C.J. Walker: Uma vida Empreendedora | Netflix

 Sinopse:


"Sarah ambiciona deixar a vida de lavadeira e tornar-se vendedora do tónico capilar de Addie. Porém, quando é cruelmente rejeitada, decide ir à luta."


Género: Drama.


Data de Publicação: 2020.


Temporadas: 1.


IMDB: 7.3.


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Opinião:


Nesta minissérie de quatro episódios é nos contado a vida de Madam C.J. Walker, na perspetiva pessoal e na perspetiva de uma grande mulher empreendedora. Uma mulher negra que tem o sonho de querer embelezar todas as mulheres ao criar o seu salão de cabeleireiro e a sua marca de crescimento capilar. Uma carreira de sucesso.


É uma minissérie muito bonita, com boa energia e que serve automaticamente de inspiração. Vi apenas num fim de semana e é perfeito para quem nesta fase de desconfinamento deixa de ter tanto tempo disponível mas, que ainda assim, gosta de acompanhar histórias inpiradoras. E o melhor? É baseado numa história verídica.


A história de Madam C.J. Walker é incrivel por mostrar  o que é ser uma mulher feminista e uma mulher que luta, quer pela liberdade contra o racismo, quer pela independência e união face a um sistema opressor e essencialmente composto pelo género masculino. 

Le Patriarche, para os toxicómanos: a esperança de L. Engelmajer | Livros

 Sinopse:


"Tratar dos viciados em droga, ajudá-los a encontrar uma personalidade perdida, dar-lhes o gosto de amar e de trabalhar é a obrigação a que Lucien Engelmajer se propôs há muito tempo.


No quadro de 80 lugares diferentes, espalhados por toda a Europa entre os quais podemos citar o de «Le Boère» em Saint-Paul-Sur-Save no Languedoc francês, onde Engelmajer iniciou o seu trabalho, vivem as comunidades de toxicómanos correspondentes, dos quais mais de 80% têm a certeza de se curar e de se reinserir.


Num belo livro cheio de calor humano e paixão, que se vive e se lê como um romance, Le Patriarche conta a sua experiência, as suas lutas, e dá esperança às famílias, aos jovens e a todos os que foram afectados por este problema."


Género: Autoajuda.


Data de Publicação: 1985.


Páginas: 325.


Editora: Asociacion Le Patriarche


Fotografia da minha autoria - Le Patriarche, para os toxicómanos: a esperança de L. Engelmajer, livro


Opinião:


Este livro não constava no meu plano de 12 livros para ler em 2021 e tão pouco na minha lista de desejos. Veio parar às minhas mãos completamente de surpresa e por empréstimo de um tio meu ao qual tenho tentado mostrar como a leitura é um prazer e um ensino mútuo.


Sou desse tempo em que viver era às vezes morrer.


Acabou por ser uma boa surpresa: conheci um escritor do qual nunca tinha ouvido falar, conheci a história de pessoas com uma vontade gigante de lutarem pela sua vida e conheci o poder do amor e do perdão mas, sobretudo da união.


a aprendizagem da verdadeira vida baseia-se na liberdade e no amor.


Le Patriarche, para os toxicómanos: a esperança de L. Engelmajer é um daqueles livros que quando começamos só queremos saber cada vez mais. Aborda um tema importantíssimo: a dependência da droga (e não só), mas também a falta de amor próprio e de segurança, de apoio na medida de necessidade de um bom ambiente familiar, um bom círculo de amigos e essencialmente a oportunidade e o livre arbítrio de cada indivíduo poder fazer o seu caminho e tomar as suas decisões.


E penso sempre que lutar, reconstruir, criar de novo é a única maneira de viver a ser feliz.


Gostei muito de ler este livro. Sem dúvida que os livros nos dão a conhecer muitas vidas e igualmente a substância que brilha muitos corações.

Todo o amor sem esforço é em vão. Todo o esforço sem amor é prejudicial. 


Classificação: 4 estrelas.

#Le Patriarche #para os toxicómanosa esperança #L. Engelmajer #livros #droga

sábado, 10 de abril de 2021

A Liberdade é uma luta constante de Angela Davis | Livros

 Sinopse:


"Nesta ampla seleção de ensaios, entrevistas e discursos recentes, a célebre ativista e académica Angela Davis lança uma nova luz sobre as lutas contra a violência de Estado e a opressão em vários pontos do mundo - da Palestina à África do Sul -, desmontando as estruturas do sistema capitalista (patriarcado, supremacia branca, políticas imperiais) que apenas sobrevivem perpetuando conflitos. 


Reflexão sobre os combates históricos do movimento negro nos Estados Unidos, o lugar central do feminismo na descontrução das relações de poder e a abolição do sistema prisional industrial, A Liberdade é uma luta constante (2015) obriga-nos a olhar para lá do nosso quintal, para os «reservatórios de esperança e otimismo» que encontramos nas coletividades resistentes. 


Quando dar tréguas à injustiça é multiplicar formas de submissão, Angela Davis desafia-nos a dar o exemplo, fazendo a nossa parte por um movimento global de libertação humana."


Género: Não ficção, Ciências sociais, Política em geral.


Data de Publicação: 2020.


Páginas: 174.


Editora: Antígona.


Fotografia da minha autoria - A Liberdade é uma luta constante de Angela Davis, livro


Opinião:


Antes de mais nada a leitura deste livro é importante. Ou melhor dizendo, trata-se de uma leitura fundamental. Neste livro, encontramos discursos, ensaios e entrevistas da autora proferidos ao longo de três anos, de 2013 a 2015. Palavras essas essenciais para percebermos o racismo, o feminismo (negro), o complexo prisional industrial. No fundo, as várias lutas que tomam lugar pelas liberdades, coletivas e individuais.


A luta não tem fim?

É um livro maravilhosamente bom no seu conteúdo, no que nos ensina e de uma forma geral e sucinta num abre olhos. Angela Davis, conta determinadas coisas das quais eu não sabia, não compreendia ou tão pouco alguma vez refleti. Diz-nos o que está de errado no século XXI, o porquê e como o podemos mudar. Essencialmente, como podemos mudar as vidas do mundo para melhor, para no mínimo justas.


Não é fácil erradicar um racismo tão profundamente enraizado nas estruturas da nossa sociedade.


Este livro foi a leitura desta semana de abril e se houve um livro em 2021 que me esclareceu e alertou foi este, A Liberdade é uma Luta Constante, da Angela Davis. Impele-nos a lutar pela Liberdade de forma coletiva porque a liberdade individual não pode ser garantida se todos não lutarem por ela. Todos os movimentos, todas as pessoas, todas as vidas.


Por outro lado, se dermos um passo atrás e virmos as coisas de uma perspectiva mais ampla, refletindo sobre o que está a acontecer no mundo inteiro e sobre a história da luta, a história dos movimentos de solidariedade, torna-se claro, por vezes até óbvio, que forças aparentemente indestrutíveis podem, graças à vontade, aos sacrifícios e aos actos das pessoas, ser facilmente quebradas.

Classificação: 5 estrelas.

#livros, #angeladavis; #aliberdadeéumalutaconstante.

Lúcifer | Netflix

 Sinopse:


"Lúcifer Morningstar decidiu que está farto de ser o servo zeloso do inferno e decide passar algum tempo na Terra para entender melhor a humanidade. Ele se estabelece em Los Angeles, a Cidade dos Anjos."


Género: Série policial.


Data de Publicação: 2016.


Temporadas: 5 ( e a próxima temporada sai em maio de 2021).


IMDB: 8.1.


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Opinião:

Começei a ver esta série há pouco mais de dois meses e acho que se trata de uma série (policial romanceada com uma pintada de fantasia) até bastante boa. 

É aquele tipo de série que se vê para passar o tempo ou para os amantes de fantasia e policial. Eu estou mais enquadrada na segunda opção uma vez que tudo que tenha um pouco de fantasia ou que igualmente pertença ao género policial desperta a minha atenção e consequentemente, adiciono à lista -  para ver. 

Neste caso, Lúcifer Mornigstar não desilude. E só tenho um ponto a criticar: por vezes, Lúcifer (representando o anjo caído) pode ser extremamente extrovertido, pode ser muito egoísta e grande parte das vezes self-centered. O último ponto confesso que era o que me incomodava. Penso que temos de ter o nosso tempo, mas não conseguiria ser tão desligada relativamente aos sentimentos das pessoas à minha volta.

De resto tem tudo para ser uma boa série e a próxima temporada vai ficar disponível em maio na Netflix. E, esperem até conhecer Chloe Decker, a Trixie, a Linda Martin, a Ella Lopez, a Mazikeen (Maze para os amigos), a Charlotte ou a Eve. Não digam que não dou boas sugestões.


O Mundo está a ganhar cor

Fotografia da minha autoria

O Mundo está a ganhar cor,

uma cor viva,

uma cor respirável,

uma cor multicolor.


O Mundo está a ganhar vida,

aos poucos volta-se a ver rostos,

aos poucos volta-se a sentir empatias,

aos poucos volta-se (de novo) à lida.


O Mundo está a ganhar liberdade

num abraço dado

numa pressa desmedida

numa falsa verdade.


 O Mundo está a ganhar Cor

O Mundo está a ganhar Vida

O Mundo está a ganhar Liberdade

O Mundo está a ganhar Sinfonia.

sábado, 3 de abril de 2021

Vozes | Netflix

 Sinopse:


"Depois de um trágico acontecimento na sua nova casa, Daniel ouve um pedido de ajuda espectral que o leva a recorrer a um famoso especialista do paranormal."


Ano de Publicação: 2020.


Realização: Ángel Gómez Hemández.


Género: Filme de terror.


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Opinião:

Já há muito tempo que não via um filme de terror e esta semana encontrei o filme - vozes -  nas sugestões da netflix. 

No geral, o filme até me surpreendeu pelo facto de não estar à espera que fosse um bom filme de terror mas, sim apenas um filme aparantemente de terror para passar o tempo. 

Admito que o filme não me parece se enquadrar na categoria de terror mas talvez na de thriller. Porque oo longo do filme ficamos curiosos com a história e com as pequenas enigmáticas que surgem e pode assustar em doses pequenas mas, é no final, um filme que se vê bastante bem.

Gostei muito da história quer a história da família, quer a história por detrás do "terror".

Alguém com saudades de ver um filme de terror?

Normal People de Sally Rooney | Livros

 Sinopse:


"Connell and Marianne grow up in the same small town in the west of Ireland, but the similarities end there. In school, Connel is popular and well-liked, while Marianne is a loner. But when the two strike up a conversation - awkward but eletrifying - something life-changing begins.


Normal People is a story of mutual fascination, friendship and love. It takes us from that first conversation to the years beyond, in the company of two people who try to stay apart but find they can't."


Género: Literatura, outras formas literárias.


Data de Publicação: 2018.


Páginas: 266.


Editora: Faber and Faber.

Fotografia da minha autoria - Normal People de Sally Rooney

Opinião:


Adquiri este exemplar em Inglês pela Bertrand e tenho a dizer que é uma escrita bastante acessível e os capítulos não muito longos o que torna uma leitura muito mais fluente e menos forçada.

Life is the thing you bring with you inside your own head.

No início da história acompanhamos a vida de Marianne e Connell, dois adolescentes que se envolvem, fisicamente e psicologicamente. Na época, Connell é o rapaz popular da escola secundária e com quem toda a gente simpatiza, enquanto que, Marianne, é solitária, não tem amigos nem tão pouco familiares com quem possa conversar e acaba por passar grande parte do seu tempo a ler. E este passatempo, é incialmente, o que interliga a amizade com Connell mas, que evolui também para uma certa atração física. 

Most people go through their whole lives, Marianne thought, without ever really feeling that close with anyone.

Portanto, se a primeira coisa em comum que os une é o amor aos livros, a segunda é o parecer entenderem-se bem com pequenas falhas de comunicação ao longo da história que vai causar um outro rumo ao que seria uma história de amor.

She gives him a little smile, like she feels she has won the argument. He likes to give her that feeling. For a moment it seems possible to keep both worlds, both versions of his life, and to move in between them just like moving through a door.

É verdade que têm as suas diferenças especialmente a nível social mas, ao pé um do outro sentem que podem ser autênticos e sem receio de ser ou estar. 

If she was different with Connell, the difference was not happening inside herself, in her personhood, but in between them, in the dynamic.

O que mais gostei neste livro foi o facto de Sally Rooney me prender nesta história desde a primeira página. De repente, foi como se para viver o dia seguinte em paz precisasse de saber mais e mais.
But there it is: literature moves him.

Defintivamente, quero conhecer outros (senão para dizer que todos) os trabalhos da autora. Não obstante, estas duas personagens não vão ser esquecidas facilmente.

Classificação: 5 estrelas.


#normalpeople, #sallyrooney; #marianneandconnell; #livros.

Querido abril de 2021

 

Fotografia da minha autoria

Querido abril de 2021,


Voltei a deixar marcas na areia da praia. Voltei a tomar um carioca de limão nos dias em que preciso de uma motivação extra. Voltei a fazer pequenas coisas que, na generalidade, são banais mas, que em tempos de pandemia são luxo.

Sinto-me sortuda por este luxo pessoal. São luxos que não ponho em risco vidas de ninguém. Tomo todos os cuidados e protego-me sempre. Mas voltar a ver e a sentir o mar (um pouco) mais (de) perto é um preço sem preço.


Neste mês sei que vou batalhar contra (pequenas) ondas de ansiedade que vão abrir a porta como se tivessem a chave da minha casa. Mas, também sei que (sempre) encontro a força para escutar.


Inspirar e expirar, tem sido um exercício diário. Um bom momento de descontração. Um momento a sós. E, escrever todas as manhãs sobre o que me passa pela cabeça tem sido uma fonte de conversa sozinha. Estes dois simples hábitos são práticas que sei que em abril vão ser duas constantes que me vão ajudar um pouco todos os dias.


Abril estou mais que pronta.

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