Me, myself and I |
Ouço o som repentino do despertador e com os olhos fechados apalpo
até por fim o encontrar e desligo. A seguir, tento abrir um olho. De seguida o outro. Volto
a fechá-los. Abro novamente e desta vez é a sério. Levanto-me num ápice,
espreguiço-me e começo a conquistar o dia com a cara levada. Arranjo o cabelo e
visto a roupa. Mas esperem...falta qualquer coisa. Talvez um pouco de
corretor, lápis, batom e para finalizar o pó. Junto tudo numa pincelada e
coloco os acessórios. Calço-me e dou uma volta de frente para o espelho. É isto,
vamos lá agora começar o dia.
Vem a hora de aprender tudo o que há para saber e de descobrir
quem somos num mundo partilhado com mais quase oito milhões de pessoas. Mas
calma, é fácil. Corre-te no sangue quem és, o que queres e o porquê (ou não,
nem tudo precisa de um motivo). Sê a aventureira que precisas de ser no momento
de redescobertas de dores antigas e solta as asas que precisas para não caíres.
Está tudo dentro de ti.
A adrenalina que te percorre nas veias é preenchida de ação. Pura.
Descalça os saltos e tira o vestido. Passa um pano na cara. Está na hora de
lutares pelo que queres e contra o que não queres.
Milhões de sorrisos
genuínos soltos no decorrer de uma conversa e milhões de lágrimas abafadas no
estender da noite. Começar e acabar o dia de sorriso no rosto, ou com lágrimas.
Sou emotiva claro. Tenho sentimentos, tenho coração. Aquilo do qual não se sente e
do qual não se obtém reação é porque na verdade não faz diferença. Talvez não
mais. O que importa é o agora, o presente. Porém com um olho posto no futuro,
no que aí vem. De armas ao peito ou de flores estendidas no chão. Somos
mulheres perseverantes, de impulso, de intensidade, de determinação e
vivacidade. Cheias de energia e donas de um bom coração. Acompanhada de
princípios que não passam ao lado: o amor próprio, a garra, a confiança, a
autenticidade. Seguidas da destreza, da perspicácia, da astúcia e da independência.
Porém sabes o que te falta? Afirmares-te. Determinares o que é
importante, com ou sem mapa na mão. Ser livre de tudo menos órfã do amor. Saberes
o que a palavra não e sim significam e não teres pudor de as usares sempre que
assim o entenderes. Gritares ao mar aquilo que queres, sussurrares na brisa do
vento aquilo que sonhas e encontrares a frequência certa para o teu interior
que sabe de tudo de ti - do que queres, de como te sentes e do que não
consegues exprimir - tão bem.
Do que não sabes como dizer, como te fazer ouvir. Deixa que te ouçam, deixa que te vejam, deixa que opinem sobre ti. Ou tentem. Não vão conseguir chegar á verdade. Áquilo que te comove e que te move. Áquilo que te faz correr em vez de parar. Mas deixa-os tentar. A vida é feita de tentativas. E tu és o novo mistério de alguém ou para alguém. Deixa-o seres. Ou diz-lhes quem tu és. Grita-lhes do teu interior. Usa a tua voz. Usa os saltos para que notem a tua presença. Ou então não te uses, determina-te. Ousa te impor. Ousa te libertares. Ousa te amares. Ousa acreditares.
Do que não sabes como dizer, como te fazer ouvir. Deixa que te ouçam, deixa que te vejam, deixa que opinem sobre ti. Ou tentem. Não vão conseguir chegar á verdade. Áquilo que te comove e que te move. Áquilo que te faz correr em vez de parar. Mas deixa-os tentar. A vida é feita de tentativas. E tu és o novo mistério de alguém ou para alguém. Deixa-o seres. Ou diz-lhes quem tu és. Grita-lhes do teu interior. Usa a tua voz. Usa os saltos para que notem a tua presença. Ou então não te uses, determina-te. Ousa te impor. Ousa te libertares. Ousa te amares. Ousa acreditares.
Tic-tac, o sol já se pôs. Com as tarefas completas o dia termina por hoje. Um novo amanhã se ergue e eu estou pronta para ele. E tu? Estás?