segunda-feira, 29 de março de 2021

O Labirinto dos Espíritos de Carlos Ruiz Zafón | Livros

 Sinopse:


"Na Bareclona de fins dos anos de 1950, Daniel Sempere já não é aquele menino que descobriu um livro que havia de lhe mudar a vida entre os corredores do Cemitério dos Livros Esquecidos. O mistério da morte da mãe, Isabella, abriu-lhe um abismo na alma, do qual a mulher, Bea, e o fiel amigo Fermín tentam salvá-lo.


Quando o Daniel acredita que está a um passo de resolver o enigma, uma conjura muito mais profunda e obscura do que jamais poderia imaginar planta a sua rede das entranhas do Regime. É quando aparece Alicia Gris, uma alma nascida das sombras da guerra, para os conduzir ao coração das trevas e revelar a história secreta da família... embora a um preço terrível.


O Labirinto dos Espíritos é uma história electrizante de paixões, intrigas e aventuras. Através das suas páginas chegaremos ao grande final da saga iniciada com A Sombra do Vento, que alcança aqui toda a sua intensidade e tracejado, que por sua vez desenha uma grande homenagem ao mundo dos livros, à arte de narrar histórias e ao vínculo mágico entre a literatura e a vida."


Género: Romance, Mistério.


Data de Publicação: 2016.


Páginas: 845.


Editora: Planeta.


Fotografia da minha autoria - O Labirinto dos Espíritos de Carlos Ruiz Zafón 


Opinião:

Com a última página deste livro voltada no domingo à noite dei por terminada a tetralogia que me acompanhou desde o início de 2021 e que por sua vez, levou um pedaço de mim.


Soube desde o princípio que queria viver entre livros e comecei a sonhar que um dia as minhas histórias poderiam acabar num daqueles volumes que tanto venerava.


Neste livro, conhecemos a história de uma nova personagem misteriosa, Alicia Gris. Outrora uma criança que Fermín salvou do ambiente de guerra que pairava por uma Barcelona medrosa. Também sabemos mais acerca da vida das nossas anteriores personagens, Daniel Sempere, Bea e Fermín Romero de Torres. Personagens que duvido muito de que vá esquecer algum dia.


Por vezes, quando os deuses não estão a olhar e o destino se perde pelo caminho, até as boas pessoas têm um pouco de sorte na vida.

Adorei o livro do início ao fim, tal como já esperava e ainda um pouco mais. Acho brilhante o final destas vidas que vivemos e presenciamos tão de perto. 


É esta a regra-mestra que sustenta todo o artifício de papel e tinta, porque quando as luzes se apagam, a música se cala e a plateia se esvazia, a única coisa que importa é a miragem que ficou gravada no teatro da imaginação que todos os leitores têm na mente.

Atrevo-me a admitir que mal terminei o livro, invadiu-me uma saudade pelo peito adentro. Uma saudade das vidas que sei que nunca mais vou acompanhar. Uma saudade que por muito que volte um dia a reler e consequentemente, a perder-me nestas páginas, nunca mais será preenchida. Ao menos, a palavra, saudade, condiz com toda esta tetralogia em todas as suas variantes.

À medida que voltava as páginas, a inquietação que se apoderara dela foi-se dissipando.

Classificação: 5 estrelas.

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