Sinopse:
"Dorian Gray personifica a busca pela beleza e pela imortalidade. Na ilusão do poder contra o tempo, o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro."
Género: Literatura Gótica.
Ano de Publicação: 2020.
Páginas: 267.
Editora: Porto Editora.
Avaliação no Goodreads: 4.10.
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Fotografia da minha autoria - O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde | Livros |
Opinião:
Numa troca de livros no site do Trade Stories, aproveitei para ler este clássico da literatura estrangeira. É o primeiro livro que leio de Oscar Wilde e acabamos por nos entender bem.
Eu nunca revelo os nomes das pessoas de quem gosto muito. É como entregar uma parte delas. Amo o segredo.
Curiosamente, não sabia nada sobre a história, portanto, não sabia bem que tipo de leitura esperar. Nas primeiras páginas pensei que fosse um típico romance de época, mas, quando a nossa personagem principal, Dorian Gray, conhece o Lord Henry, o caso muda de figura.
Hoje em dia, um coração despedaçado garante muitas edições.
No início da história é nos apresentado Dorian Gray através dos olhos do pintor Basil, um artista com talento e que de imediato encanta-se com a beleza e inocência dele. Basil é conhecido do Lord Henry e num dia, Henry conhece Gray por intermédio do artista e para o seu desassossego ambos ficam intrigados um com o outro.
Era preciso que vários mundos tivessem de sofrer para a mais modesta flor desabrochar...
Dorian adora que o Henry tenha uma opinião sobre tudo e os seus pensamentos passam a ser os mesmos que este. A sua relação cresce, enquanto com o do Basil diminui página a página. É muito percetível a mudança de atitude e comportamento de Dorian Gray com a envolvência do Lord Henry na sua vida, por muito que ambos sejam avisados.
Eu represento para si todos os pecados que nunca teve a coragem de cometer.
A história gira à volta de dois grandes temas. Por um lado, a beleza e por outro lado, a inocência. Que tanto podem estar ligados como podem estar em dois polos diferentes do globo. Gostei muito da abordagem, do tema retratado e do ritmo que a leitura teve.
Tem-se, e com muita justiça, denegrido o culto dos sentidos, pois os homens sentem um natural instinto de terror pelas paixões e sensações que se lhes afiguram mais fortes do que eles e que eles têm a consciência de partilharem com as formas inferiormente organizadas da existência.
As últimas páginas foram lidas a combater o sono, porque já se fazia tarde, e ao mesmo tempo, precisava muito de saber o final e por isso, não descansei até o ter terminado. Penso que foi também o primeiro livro que li de literatura gótica e espero ler mais deste género brevemente.
Classificação: 4 estrelas.