"O meu nome é
Rebecca
Samantha
Haley
Katie
Ashley
Nora
Para compreenderem a minha história, terão de conhecer primeiro as raparigas que fui. Tudo começou com a minha mãe, uma burlona que me ensinou a arte do engano. Juntas, éramos dissimuladas e imbatíveis… até que deixei de ser a filha perfeita e fugi.
Agora sou a Nora, uma rapariga com uma vida normal. Mas os sarilhos perseguem-me, e neste momento sou apenas uma entre os reféns de um assalto a um banco. Para piorar, estou aqui encurralada com o meu ex-namorado e a minha nova namorada… É complicado!
Quando os assaltantes me apontaram a arma, pensei em submeter-me imediatamente às suas ordens, mas depois lembrei-me: eu e as minhas artimanhas somos a única hipótese de sairmos daqui vivos! Porque estes criminosos não fazem a MÍNIMA ideia de quem eu sou, e quando se derem conta… será tarde demais!
Filhas perfeitas cometem crimes perfeitos!"
Género: Policial e Thriller.
Ano de Publicação: 2021.
Editora: Topseller.
Páginas: 384.
Avaliação no Goodreads: 4.11 ⭐⭐⭐⭐
Fotografia da minha autoria - As Raparigas que Já Fui de Tess Sharpe | Livros |
Opinião:
Recebi este livro no meu aniversário com carinho por umas amigas que sabem o meu amor pelos livros. Estão a par de muitas das minhas coisas e, esta paixoneta por páginas escritas é uma delas. E, fiquei genuinamente contente quando terminei esta leitura e, me apercebi que gostei porque assim, posso guardar nas minhas estantes e a história regressar a uma memória feliz.
A minha pele conservará para sempre a lembrança dele, porque não esqueces a primeira pessoa que te toca com amor quando a vida te ensinou que todo o contacto é medo e dor.
Já não lia há imenso tempo nem um policial nem um thriller. São dos meus géneros preferidos em filmes e séries, mas nem tanto de livros. Acho que deixo este tipo de histórias para os grandes ecrãs porque a parte do visual me deixa mais agarrada.
Tapo a boca com ambas as mãos, enquanto as lágrimas me correm pelo rosto. Não contenho os soluços, não contenho nada; contenho-me apenas a mim própria, e a minha boca sempre foi mais fiável do que o meu coração.
Todavia, As Raparigas que Já Fui de Tess Sharpe foi um livro que me prendeu desde a primeira linha, desde que conheci a primeira rapariga que a autora nos põe em contacto. Primeira rapariga que na verdade é a mesma ao longo do livro. O que muda é as suas identidades, por um estilo de vida que não escolheu.
Somos ambas raparigas cujos ossos são feitos de segredos em vez de ferro.
Contém violência sexual, agressões físicas e psicológicas, manipulação, mentiras e uma infinitude de más emoções ao longo de todo o livro. Conhecemos Nora sem grande profundidade e sem propriamente um final claro e fechado. E, pela primeira vez, gostei. Gostei porque conhecendo um bocadinho desta rapariga é uma história que faz sentido dada a forma que a autora escolheu partilhar e deixar-nos a imaginar. Porque há passados e dores que lá têm de ficar. Porque quanto mais se conta mais custa ler.
Uma pequena unidade partida e depois remendada que criámos à base de amor, de noites a ver filmes e de passeios pelo bosque, de feridas curadas, livros partilhados e changagem da qual nunca me arrependerei.
É uma história de sobrevivência, de virar costas a uma vida que não queremos ter. É uma história de uma vítima desde que ainda era criança e de como quer ter um presente merecedor da pessoa que se quer tornar. Existem pessoas más e pessoas que querem ser boas.
Classificação: 4 ⭐⭐⭐⭐
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