O Amor não é um Objeto

 Hoje em dia, a palavra Amor é sobrevalorizada em vários contextos, níveis e sub níveis desde encaixes sociais a imaturas apostas e fingimentos presentes nas relações pessoais que construímos ao longo da nossa jornada.

Amar pede respeito. 

Amar pede compreensão. 

Amar pede confiança. 

Amar pede lealdade.

Amar pede cumplicidade. 

Amar pede amor. 

O Amor em nada e de nada exige, nada suplica, mas tudo transforma e move.

 Os fios condutores que repercutem o efeito de "é só um amo-te" ou "não é nada demais, até porque não sinto o que disse" desmantelam cada órgão vital do expoente máximo que a palavra Amor implica. Grande parte dessa castástofe provém da repetição constante e frequente na qual vai deteriorizando o significado e poder, fazendo-o perder toda a força no impacto de momentos que deveriam ser especiais e únicos.

Para mim um Amo-te carrega as borboletas mais agitadas e velozes meramente circuntanciais condicionadas pelo que alguém, um ser ou uma lembrança me faz sentir, me faz vibrar de alegria pura, da mais sincera e autêntica que existe no meu universo. Seja essa troca de palavras com a cara metade, com os nossos parentes ou com o caõzinho lá de casa.

Eu não o pronuncio muitas vezes e não é por medo de desgastar cada letra mas, porque há várias maneiras e formas de darmos vida á palavra sem a mencionar, nem que seja através de um abraço ou de um olhar com um sorriso que vai de uma ponta da orelha e que percorre a face inteiramente até ao outro lado.

Gosto de dizer Amo-te quando o sinto. Gosto de dizer Amo-te quando me sinto viva entre a queda e o abrir de asas. Gosto de dizer Amo-te porque valorizo a pessoa a quem o secretamente digo, porque é importante que essa outra pessoa saiba a importância que tem na minha vida, tome a figura que tiver.

"O Amor pode tudo. Não é ciumento, não se comporta indecentemente. Tudo espera, tudo acredita. O Amor vence tudo."

Um gosto de ti não tira o chapéu a uma jura de amor mas, para pequenos momentos ou para outras vidas que se cuzam com a nossa pode amplificar a sua dimensão e equiparar-se ao mesmo significado. Digo Amo-te ao meu namorado e um grande e forte Gosto muito de ti á minha mãe, e se for preciso um abraço á minha irmã e não é essa substituição de letras ou de maneiras de o fazer que vai decrescer o que sinto em relação a cada um. São diferentes formas de o dizer, diferentes formas de dar voz ao que sinto.

Portanto, o Amor não é um objeto, algo para rir ou um hobbie. Amor é a forma que expressamos o que sentimos a alguém. O Amor é o pilar onde a nossa força repousa em determinados eventos na nossa vida. O Amor é o batimento que nos mantém vivos.