Cada vez mais gosto de ler crónicas sobre os silêncios. Aqueles silêncios desconfortáveis que pairam no ar quer num jantar casual, quer no momento onde deveria haver uma voz ativa e forte. Aqueles silêncios massacrantes que de alguma forma ganham à nossa voz, mesmo no tempo da internet.
Esta semana li duas crónicas que me intrigaram e me fizeram pensar exatamente sobre o ruído do silêncio. De como há temas atuais que as pessoas ainda não se sentem confortáveis a debater ou a ajudar nem que seja pelo facto de nos chegarmos à frente do microfone mesmo sabendo que pode não ter câmeras ligadas.
A importância da representatividade - Fotografia de Karl Bewick Unsplash |
A primeira crónica é intitulada por "A importância da representatividade" escrita pela Cláudia Riscado. Neste pequeno texto, a Cláudia partilha connosco os seus pensamentos e reflexões pessoais acerca da importância da representatividade nomeadamente na literatura (com Virginia Wolf). Chega inclusive, a ir um bocadinho mais longe na medida em que tem a coragem de nos dar a sua opinião acerca da representatividade utilizada pelo meio televisivo, quer pela importância da inclusão e da diversificação, quer também como aproveitamento próprio.
Podem ler aqui o artigo na íntegra que se encontra publicado na Comunidade Cultura e Arte.
Apagou-se a luz na Palestina - Crédito |
A segunda crónica é denominada por "Apagou-se a luz na Palestina" escrita pela Maria Almeida. Acreditem que a leitura desta crónica é tão importante e interessante quanto o próprio título nos suscita a curiosidade. A Maria, utilizou a sua voz e o seu espaço para nos contar sobre como se deixou falar sobre Gaza, a Palestina, o conflito entre Israel e a Palestina, e a vida de muitas pessoas que ficaram ou no fundo de um poço sem qualquer tipo de luz ou a fantástica retoma das suas vidas como se tudo tivesse voltado ao normal e já estivesse tudo bem.
Convido-vos a ler aqui o artigo na íntegra que se encontra publicado na Comunidade Cultura e Arte.
Espero que estas duas crónicas sejam de vosso interesse e que tal como me aconteceu vos convide à reflexão e, a ganhar coragem para erguermos todos a nossa voz num tempo de "vamos voltar (outra vez) à normalidade" nas várias vertentes que esta pequena expressão ganhou (principalmente nos últimos tempos) popularidade.
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