terça-feira, 8 de março de 2022

Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas de Ruth Manus | Livros

 Sinopse:


"A pressão vem de muitos lados: a família, o corpo, a carreira, o amor, a luta pelos direitos, o conflito para se fazer ouvir - angústias de todos, mas que nas mulheres ganham contornos específicos. Do eterno sentimento de culpa à dificuldade em pedir um aumento de salário, passando pelos dilemas do feminismo contemporâneo, a autora defende, de forma precisa e contundente, uma vida com mais leveza e menos cobrança. No entanto, que fique claro: só se chega lá com muita luta."


Género: Não Ficção, Feminismo, Crónicas.


Data de Publicação: 2021.


Páginas: 168.


Editora: Cultura.


Avaliação no Goodreads: 4.37.



Fotografia da minha autoria - Mulheres Não São Chatas, Mulheres Estão Exaustas de Ruth Manus | Livros

Opinião:


As mulheres não são chatas, as mulheres estão exaustas é o primeiro livro que leio de Ruth Manus e foi uma bela surpresa. A minha mãe ofereceu-me este livro nos meus anos e, um mês e alguns dias depois li-o tão apaixonada pelas suas ideias que não o podia deixar de recomendar neste dia tão especial, o dia internacional das mulheres.

Estamos a gerar incómodo e sabemos bem disso.

Dia 8 de Março, é o dia das mulheres. Plural, porque não me faz sentido viver ou tão pouco escrever no singular. A minha família é maioritariamente composta por mulheres. E, por isso, neste dia, não o comemoro apenas por mim. Celebro-o por todas nós (por mim, pelas da minha família, para a família que não é de sangue e no fundo, por todas as mulheres).

A sociedade na qual estamos inseridas é machista, sim, e é patriarcal, sim, e é cruel com as mulheres, sim.

Ruth Manus escreve de forma simples e direta. Em cada capítulo encontrei muitos dos pensamentos que eu própria tinha (desde o facto de "a vida da mulher não ser património público" ao facto de que ainda não alcançamos o pleno feminismo no século XXI e por isso, temos de continuar a lutar).

A liberdade conferida a eles e a nós era gritantemente diferente. Sempre foi.

A escritora dá-nos os seus argumentos, dados e exemplos. A escritora dá vida aos seus medos que são medos de muitas de nós. Mas também, dá valor ao que cada uma de nós tem no coração. Se lutamos, é porque ainda vemos injustiças. E, por favor, não nos calemos nelas. Sejamos o rosto, a voz ou a atitude porque tantos nos criticam, mas, que tantos outros agradecem.

A mulher sempre teve um papel secundário, gravitando em torno das demandas masculinas, em vez de ser a protagonista da sua própria vida.

Esta leitura foi tão boa que li sensivelmente num fim de semana. E fica aqui uma sugestão caso estejam à procura de um livro que diga o que pensam, ou de um livro que vos faça acordar para o feminismo ou ainda, caso estejam simplesmente à procura de um livro. 

És mulher, opinarão sobre tudo. E tu terás de aprender a não te importares com isso. E a estabelecer limites. 

Este livro não é chato e as mulheres também não o são. Espero que encontrem neste livro, um ombro amigo como eu. Espero que tenham uma boa leitura e mais do que isso, espero que não tenham medo de se associar ao feminismo, uma luta que é de todos nós.

Classificação: 4 estrelas.

4 comentários:

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