Sinopse:
"Mais de 50 anos volvidos sobre a primeira publicação de O Segundo Sexo, os temas que Simone de Beauvoir discute neste célebre tratado sobre a condição da mulher continuam a ser pertinentes e a manter aceso um debate clássico. Entretecendo argumentos da Biologia, da Antropologia, da Psicanálise e Filosofia e de outras áreas do saber, O Segundo Sexo revela os desequilíbrios de poder entre os sexos e a posição do «Outro» que as mulheres ocupam no mundo.
O Segundo Sexo é uma obra essencial do feminismo e dos estudos de género, e as suas considerações acerca dos condicionamentos sociais que levam à construção de categorias como «mulher» ou «feminismo» - e que estão na base da opressão das mulheres - são hoje amplamente aceites."
Género: Não Ficção, Feminismo, Clássico, Sociologia.
Ano de Publicação: 2015.
Páginas: 591.
Editora: Quetzal.
Avaliação no Goodreads: 4.26.
Fotografia da minha autoria - O Segundo Sexo (volume 2) de Simone de Beauvoir | Livros |
Opinião:
tem doze anos, e a sua história já está escrita no céu;
Posto o aviso, tenho de admitir que esta obra no seu conjunto (volume 1 e volume 2) ficou aquém das expectativas. No entanto, o volume 2 conseguiu ser ligeiramente mais interessante e por isso, a experiência de leitura foi mais agradável.
Dessa existência estreita e mesquinha, ela evade-se nos sonhos.
Neste segundo volume, tenho a sensação de que o foque se encontra mais no papel da mulher representado aos olhos da sociedade enquanto filha, esposa, mãe e dona de casa; como também como é percecionada: narcisista, apaixonada e mística.
O casamento é a única carreira para as mulheres; os homens têm trinta e seis possibilidades, a mulher uma só; o zero, como na roleta.
Gostei de ler sobre os sonhos que a mulher tem e a constante negação do patriarcado perante a ascensão dos direitos e desejos do género feminino. Tenho pena de que a autora na época não tenha ido mais longe quanto a comentar sobre a independência da mulher através da educação e do trabalho. No entanto, é compreensível que se tenha abstido uma vez que, este trabalho nos anos em que foi publicado já constituíam uma afronta aos valores tradicionais e um símbolo do progresso futurista que nos reservava.
Por isso, quando tratam de relações amorosas, os mais civilizados falam de conquista, de ataque, de assalto, de assédio, de defesa, de derrota, de capitulação, associando, nitidamente, o amor com a guerra.
Algumas das ideias já escritas no primeiro volume são reforçadas igualmente no segundo volume. Não obstante, achei a segunda parte mais interessante do ponto de vista da condição feminina sob a minuciosidade da limitação do papel da mulher.
Classificação: 3 estrelas.
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