domingo, 1 de janeiro de 2023

Um Balanço e um Adeus a 2022

Crédito - Adeus 2022

Convido-vos a pegarem na chávena de chá (ou outra bebida quentinha) e, sentarem-se no sofá com um caderninho em branco para que à medida que irão ler os próximos pensamentos também refletirem sobre os altos e baixos do vosso ano, sobre os momentos que vos fizeram dançar a noite toda e outros em que pediram ao sono para vir mais cedo.


É normal haver dias bons e outros que parecem no calor do momento uma verdadeira obra de Shakespeare (para o mal e para o bem). As comédias, as tragédias sempre vão fazer parte das vidas de quem se permite sonhar, tentar e, continuamente lutar por eles.


2022 foi um ano muito gentil comigo. Dediquei-o a cuidar de mim e a aprender a valorizar-me. Algo que por vezes fica esquecido por outras prioridades que estão todas fora do lugar. Dentro das minhas possibilidades consegui gerir tempo para treinar e, participar em aulas no ginásio onde tenho o hábito de ser sócia regular (aulas de salsation e de cycling foram as principais); consegui reservar tempo para ler (um dos hobbies que me deixa muito feliz), consegui equilibrar até bastante bem o tempo para finalizar os estudos e a loucura de arranjar o primeiro estágio de marketing. Sinto que essas foram as quatro grandes divisões que investi o meu tempo quando não estava ocupada a sonhar.


Também sinto-me feliz por ter conseguido passar tempos preciosos com a família e as amigas. Blocos de tempo que não troco por nada. São espaços diferentes, mas com pessoas que sinto valer a pena cada minuto que partilho a ouvir, a contar, a dançar, a comer e a beber. No fundo a criar memórias e a fazer a minha vida valer bem a pena.


Fora dos deveres e obrigações, sinto que sempre me tentei pôr em primeiro lugar. Seja porque não me sentia bem em fazer alguma coisa ou a já não ser feliz em estar com alguém, seja porque expliquei a necessidade de ter uns minutos para mim. Eu carrego as minhas baterias quando consigo um equilíbrio na lista de coisas que devo e posso fazer e a lista de coisas que quero fazer quando assim o quiser e bem entender.


Em 2022 fui feliz. Alguns momentos mais felizes: ter mais um poema publicado (yey!), arranjar um primeiro estágio na minha área de estudos remunerado (não compreendo como alguém consegue explorar outra pessoa justificando que ainda precisa de aprender); dançar até ser quase de dia (os meus pés não agradeceram, mas o meu espírito sim); investir nas relações que escolhi manter e, até mesmo criar com outras pessoas (obrigada a todas(os) que fizeram parte deste ano) e o facto de aprender uma nova língua (pode ter sido apenas o primeiro nível de italiano, mas o primeiro passo foi dado).  

 

Existiram pelo meio muitas frustrações, muita paciência testada e, sem dúvida a minha determinação em lutar pelo que quero e por fazer e estar onde me faz feliz, mas tudo isso não seria parte do caminho que estou se estivesse a dar mais importância relativamente aos momentos bons. Por isso, não me vou estender mais por esta reflexão do que não correu tão bem. Apenas quero salientar que cada um desses sentimentos me conduziram igualmente a onde estou. Se não me tivesse sentido triste em alguma fase não estaria tão grata por onde me encontro.


E, assim termino a reflexão deste ano ainda mais determinada a fazer de 2023 um ano em que seja feliz. Um ano onde possa dançar, viajar e, escrever mais. Um ano onde cuide mais de mim e me faça pensar no quão romântica torno a minha vida. Sou grata por todas as pessoas que estiveram comigo (e, isto inclui vocês).

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