Girl Power

Crédito - Girl Power

No dia da mulher queria fazer uma publicação especial. Tinha o objetivo de o marcar especialmente aqui no blog com o intuito de trazer empoderamento, confiança, amor e valorização das mulheres. Porque é uma luta constante pelos nossos direitos e igualdades, mas também porque ser-se mulher é belo.

Ainda somos criticadas pela roupa que escolhemos vestir, pelas tatuagens que escolhemos ou não ter no nosso corpo; por falarmos demasiado sobre assuntos que não temos o direito de ter opinião; por amarmos em demasia; por bebermos ou fumarmos como os homens; por sermos oferecidas ou santas; por termos excesso de liberdade nos dias que correm; por sermos dramáticas; por usarmos muita maquilhagem; por não nos sentarmos de pernas fechadas; por usarmos calças de homem ou saias bastante curtas; por não sabermos ser uma verdadeira dona de casa; por (não) querermos casar e ter filhos; por amarmos quem não devemos; por sermos sexualmente manipuladoras; por termos ou não um corpo de mulher; por não sabermos cozinhar; por dizermos palavrões; por sairmos frequentemente para festas ou por não nos calarmos quando devemos.

Podia continuar com a infinitude de críticas e de misoginia que ouvi, que senti ou que soube por outras mulheres que são amigas, famílias e, completamente desconhecidas. Honestamente, ainda há uns meses ouvi da boca de um homem que dizia muito descontraído que as mulheres se pudessem ter participado na guerra não teriam feito qualquer diferença porque não teriam força ou aptidão e, que atualmente no nosso país já não é necessário debatermos o feminismo ou a igualdade de género. Dizia já não fazer sentido. Dizia já termos os mesmos direitos, deveres e igualdades.

Pois, eu digo que não. Ainda não temos isso tudo. Mas, um dia iremos ter. Porque continuamos a lutar, seja a participar em marchas, seja em ajudarmos a próxima mulher que encontrarmos para se sentir apoiada ou simplesmente confiante connosco. Podemos continuar a lutar. É uma escolha que podemos ter. E, acredito que o presente que temos vem de muitas outras pessoas que lutaram incansavelmente por isso. 

Porque participaram em reuniões que não deviam, por terem opinado em demasia, por se terem dado ao esforço de estar onde não podiam e de falar sobre o que mais ninguém queria escutar. Porque, no fundo, foram humanas a trazerem um bocadinho de mais humanidade para este planeta. Eu espero conseguir fazer a minha parte e de forma dramática, claro, que é como me compete.