"Quando eu era vivo e tinha um coração humano - respondeu a estátua - não sabia o que eram lágrimas, pois vivia no palácio Sans-Souci, onde é vedado o acesso à dor. De dia brincava com os meus companheiros no jardim, e à noite dirigia a dança no grande salão de baile. Em roda do jardim corria um muro muito alto, mas eu nunca pensei em perguntar o que estava para além dele. Tudo à volta de mim era belo. Os meus cortesãos chamavam-me o Príncipe Feliz, e eu feliz, de facto, se o prazer é felicidade. "
Género: Literatura.
Ano de Publicação: 1888.
Editora: Publicações Europa-América.
Páginas: 44.
Avaliação no Goodreads: 3 ⭐⭐⭐
Fotografia da minha autoria - O Príncipe Feliz de Oscar Wilde | Livros |
Opinião:
Sabem quando pegam num livro e, têm a sensação de que vão ler algo com uma mensagem bonita? Foi assim que me senti quando peguei neste livro. No ano passado, li "O Retrato de Dorian Gray" (podem ler a opinião aqui) e, sentia curiosidade em continuar a ler outras obras do autor.
Este coração de chumbo não funde no forno.
Por contraste, escolhi este livro tão pequenino e não tão popular comparativamente com a leitura anterior para tentar conhecer outra faceta do escritor. Foi uma leitura quentinha no coração, como por vezes digo, para referir-me à sensação de plenitude, confortável e, prazerosa.
E agora, que estou morto, colocaram-me nesta coluna, tão alto que posso ver toda a fealdade e miséria da minha cidade; e, embora o meu coração seja de chumbo, não posso deixar de chorar.
Li sobre uma estátua e uma andorinha, sobre a relação que estabelecem. A princípio de casualidade e, depois de gratidão. Seria de pensar que ambos não teriam nada do que conversar ou tão pouco para acrescentar algo um ao outro que não fosse a cordialidade da ave ao se abrigar nos pés da figura em chumbo.
A pobre Andorinha tinha cada vez mais frio, mas não queria abandonar o Príncipe que tanto amava.
Todavia, a estátua sempre tem coração e a andorinha tem mais sentimentos do que aparenta. Ingressamos na história do príncipe feliz como que a desejar que a riqueza e a pobreza não fossem tão díspares ou que pelo menos houvesse mais humanidade para diferenciar e dar. Escapuliu-se um desejo que vi meio realizado no final do conto.
No mesmo instante, um estranho estalido soou dentro da estátua, como se alguma coisa se tivesse quebrado.
Sugiro a leitura que apenas vos ocupa parcialmente uma hora bem passada. E, com esta leitura já são dois livros que gostei de Oscar Wilde.
Classificação: 3 ⭐⭐⭐
Excelente sugestão literária
ResponderEliminarDele só ainda li a importância de se chamar ernesto. E adorei
Comentaste uma coisa no meu blogue ha quase cinco anos, e agora voltei ao teu cantinho.
Está lindo
Muito obrigada! Esse por acaso ainda não li, mas fiquei curiosa 😊
EliminarObrigada pelo carinho 💫
Nunca li. Obrigada pela partilha. 😌
ResponderEliminar😊📚
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