quarta-feira, 14 de junho de 2023

A Morte de Ivan Ilitch de Liev Tolstói | Livros

Sinopse:

«Este livro tão breve, uma das maiores obras-primas do espírito humano, tem sido, desde a sua publicação, um motivo de controvérsia para a crítica: trata-se de uma obra sobre a morte ou de uma obra que nega a morte?»
António Lobo Antunes

Género: Literatura Russa.

Ano de Publicação: 2008.

Editora: BIS.

Páginas: 52.

Avaliação no Goodreads: 4.12 ⭐⭐⭐


Crédito - A Morte de Ivan Ilitch de Liev Tolstói

Opinião:

A Morte de Ivan Ilitch de Liev Tolstói é o livro de leitura conjunta do Club do Zé Livreiro. Talvez o reconheçam do instagramConfissões de um Livreiro. E, se não estiverem a par do seu trabalho, recomendo muito que cusquem as melhores histórias confessadas por um Zé Livreiro. 

Os médicos não souberam diagnosticar. Melhor dito, cada um diagnosticou uma coisa.

Este livro serviu de introdução à literatura russa e à própria escrita de Liev Tolstói. Digo já que não é um livro acarinhado ou que me vão ouvir a recomendar, mas o tema deste livro é muito interessante. Aborda a questão da imortalidade, do sofrimento, da ansiedade e do medo da morte.

A ideia do sofrimento daquele homem que conhecera tão de perto, primeiro na alegre meninice, depois como companheiro de escola, mais tarde como colega de tribunal e parceiro de jogo, horrorizou subitamente Pior Ivánovitch, apesar da desagradável certeza do seu fingimento e do daquela mulher.

A personagem principal é um juiz numa posição bastante elevada, respeitada e cobiçada pela sociedade, particularmente pelos seus amigos. Quando tudo lhe corre bem: desempenha o mais alto cargo, recebe muitos rubis e tem a família do seu lado, uma doença terminal bate-lhe à porta. O sofrimento que mais ninguém sente e o facto de ter de abdicar do seu emprego e dos seus momentos de lazer em prol do seu bem estar, suscitam nele o medo e a ansiedade das portas da morte. 

Isso foi em 1880, o pior ano de Ivan Ilitch.

É uma novela bastante interessante pelos temas que nos traz, mas não me relacionei com nenhuma personagem. Acho que faltava esse pormenor para conseguir gostar mais desta obra que é uma das maiores referências da literatura russa. 

Despiu-se, pegou um romance de Zola, mas nem o abriu.

Pode também ser um daqueles livros que cresce em nós depois de algum tempo após a leitura. Não obstante, gostei deste confronto de saber que a morte vai acabar por nos levar independentemente de a querermos adiar/odiar ou a confrontar. E, também de como isso mexe com as outras personagens: os seus ciúmes, as suas ambições e traições. 

Classificação:
3 ⭐⭐⭐

2 comentários:

  1. Ando de olho neste livro e a única desculpa para não ter lido é que ainda não o tenho na estante. Mas tudo o que leio deixa-me a certeza de que não me irá escapar ;)

    Não Digas Nada a Ninguém

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Espero que tenhas uma boa leitura e, já estou curiosa para saber a tua opinião :)

      Eliminar

Com tecnologia do Blogger.