terça-feira, 4 de julho de 2023

Pequena Coreografia do Adeus de Aline Bei | Livros

Sinopse:

"Em seu segundo livro, Aline Bei — vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura com O peso do pássaro morto — constrói um retrato tão sensível quanto brutal sobre família, amor e abandono. Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer a sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos. "

Género: Romance.

Ano de Publicação: 2021.

Editora: Companhia das Letras.

Páginas: 235.

Avaliação no Goodreads: 4.39.


Crédito - Pequena Coreografia do Adeus de Aline Bei | Livros

Opinião:

Pequena Coreografia do Adeus é o primeiro livro que leio de Aline Bei, uma escritora brasileira que recentemente, tem sido aplaudida pelos temas que nos traz e a prosa que escreve. 
o vento que batia na praça era típico de fim de outono e eu era uma menina me despedindo lentamente da própria infância brincando, mas sentindo o peso da culpa por ainda brincar.

Neste livro, encontramos a dor do abandono de Julia. A separação dos seus pais, os maus tratos da mãe e a quase ausência do pai, instigam nela ainda menina, uma dor que nunca mais vai superar à medida que cresce. Porque não chega a ter uma infância, e ainda tenta explicar à mãe como é que as outras mães na sua escola reagem com as suas filhas, mas é imediatamente calada pela sua mão. 
é o que chamam de carma ou: carregar uma pedra involuntária no coração.

Acho que a dor é tão real nas palavras de Aline Bei que conseguimos porventura sentir o que a Julia em criança, em jovem e em adulta nos tenta dizer. Refugia-se muito no seu diário que é a sua companhia e onde liberta o peso de se sentir não amada. 
Aqui em casa a gente não se abraça.

Nem as aulas de ballet, lhe ajudam a expressar a falta de carinho dos pais ou as constantes zangas que presencia entre eles. E, essa falta de jeito vai-lhe deixar ainda mais sozinha num mundo onde nenhum dos seus progenitores lhe tenta por alguma vez trazer algum conforto, aconchego e segurança. 
depois que a minha mãe despejava todo o seu coração pela boca, a casa vivia um breve período de paz. feito um jovem ator que não sabe o que fazer com as mãos quando está em cena.

Estou muito entusiasmada para ler já o próximo da escritora e, que ainda é mais popular: O Peso dos Pássaros Mortos. A partir deste livro, sinto que a autora ainda nos tem muitas histórias para contar.

Classificação: 4 ⭐⭐⭐⭐

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