domingo, 6 de janeiro de 2019

O Tatuador de Auschwitz, Heather Morris | Livros

Sinopse:

 "Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.
Em 1942, Lale Sokolov chega a Aushwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver gravando, com tinta indelével, uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele próprio, criando assim aquilo que se veio a tornar um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
Á espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência, mas também pela desta jovem.
Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que irá agradar a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela, por vezes, nas mais terríveis circunstâncias."



Opinião:

Nesta história, chegada até nós, pelo testemunho de Ludwig Sokolov e pela escritora Heather Morris, podemos ler cada palavra transposta em prosa como um pedaço da sua mágoa, do seu amor e da sua luta pela sobrevivência.

Os dias não eram fáceis, quando de repente o mundo se transformou e ninguém se arriscava a enfrentar os soldados nazis que tudo conquistavam, levavam e matavam.
O medo imperava e os botões de subsistir eram ligados de forma automática. O sofrimento era o melhor amigo da morte dos que, pouco a pouco, partiam e naquele inferno resistiam os seus entes queridos. O amor era o amigo disfarçado que te poderia trair e te conduzir aos leitos da punição.
Crianças, jovens, adultos e idosos eram todos capturados, a sua liberdade deixara de existir e os seus direitos era como se não existissem.

Neste livro, podemos sentir e imaginar a situação de Lale. Como tudo começou, o seu sacrifício numa tentativa para que a sua família fosse poupada. O seu percurso e os seus valores tratados como "gado", tudo o que ele era não tinha relevância a não ser para saberem em que grupo o enclausurarem. Cada dia é um dia que precisa de lutar pela sua vida na esperança de quando todo esta situação horrenda e cruel terminasse poder estar de volta aos braços de seus parentes. Cada dia, lutava e mostrava respeito por quem lhe prendia, maltratava. Aos poucos, conseguiu o cargo de tatuador ou "tetovierer". Não gostava do que fazia, mas, não era uma questão de gostar ou não, era antes uma batalha que se obrigava a ganhar. Quando conheceu uma jovem rapariga chamada Gita, não conseguia deixar de pensar nela até que a encontrou e estabeleceu uma amizade que se converteu em amor. Agora, empenhava-se em salvar a sua vida e a da sua cara metade numa luta constante.

"Mas no olhar dela há como que uma dança. Lale olha-a no fundo dos olhos e é como se o seu coração parasse e, ao mesmo tempo, batesse pela primeira vez, com muita força, tanta que ameaça saltar-lhe do peito."

Adorei cada palavra que li e devorei este livro, sensivelmente em 4 dias. Tive contacto com a escrita da autora pela primeira vez através deste livro e surpreendeu-me. Contar uma vivência revestida de dor não é fácil, mas acredito que a escritora conseguiu colocar a alma e o coração de Ludwig Sokolov em cada uma das páginas do livro. No final da obra, é-nos apresentado 3 fotografias do casal em três momentos diferentes, um mapa da Europa Continental de 1942 a 1945 e um mapa de Aushwitz-Birkenau 2, no ano de 1944. A capa é ainda muito bonita e bem conseguida.

Pontuação: 5 estrelas

4 comentários:

  1. Já ouvi falar do livro, mas admito que não é bem o meu tema preferido, mas mesmo assim tenho curiosidade em ler.
    Beijinhos

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    1. Há géneros que agradam mais a uns do que a outros mas, o importante é tentarmos ler um pouco de tudo. Aconselho-te a tentares ler, este é o segundo livro apenas que leio acerca desse tema mas, tornou-se numa das minhas melhores leituras.

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  2. Não sou muito de romances históricos. Então sobre a II Guerra Mundial e o Holocausto já existem tantos x) Prefiro temas mais contemporâneos, mas talvez um dia experimente para fugir ao registo.
    Beijinhos
    https://allmybooksandmovies.blogspot.com/

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    1. Por acaso os romances históricos são um dos temas que mais prazer tenho de ler 😊
      Sim, tenta. Pode ser que encontres um que gostes.

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