Sinopse:
"O herói do romance é um jovem aristocrata francês emigrado, o Marquês de Saint Alban. Ferido no cerco de Mainz, foi levado pelo Comandante de Loewenstein, um nobre do Reno. Durante a sua convalescença, Saint Alban apaixona-se pela sobrinha do comandante, Victorine, casada com um homem mais velho. Por dever, os dois tentam resistir aos seus sentimentos. Cada um deles confia em amigos correspondentes, Émilie e o presidente da Longueil. Curado, o marquês abandona a família mas volta lá para visitas regulares. "
Género: Romance histórico.
Data de Publicação: 1977.
Páginas: 302.
Editora: Amigos do Livro.
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O Emigrado de Sénac de Meilhan, Livros |
Opinião:
Um ano depois do post:
"O juramento da duquesa" de Manuel Pinheiro Chagas entendi ler o outro segundo volume que me foi oferecido desta edição dos Amigos do Livro. E, sem saber que seria possível ainda gostei mais deste volume pelo afeiçoamento pessoal com toda a história e brilhante escrita.
O francês começa por sentir-se abatido, retoma coragem, e, à mais pequena melhoria, passa à alegria.
É mais uma edição bonita em capa dura e muito bem tratada. Sempre que olho para a minha estante estas edições em tamanho de bolso por fim muito bem trabalhadas saltam-me logo à vista.
O ouro é o deus do universo: dá a inteligência aos mais estúpidos.
Neste romance histórico, encontramos ainda uma história mais bonita que a anterior e igualmente, mais triste. É um romance traduzido das grandes obras francesas e que se não me fosse oferecido duvido que alguma vez o leria. Se bem que autores desconhecidos dão-me sempre curiosidade.
A política, e o interesse, cederam imediatamente aos gritos da humanidade desolada.
Em plena revolução francesa, acompanhamos o sofrimento do Marquês de Saint-Alban milagrosamente amparado por uma família nobre que o acolhe sem hesitações. Acredito que é esse apoio e refúgio que o salva do ferimento físico. No entanto, nessa boa família, existe Victorine que de imediato capta a atenção do nosso protagonista e velho amigo.
Parece-me estar há alguns meses num campo de batalha, onde só se lançam olhares inquietos pelo receio de encontrar entre os mortos alguns amigos.
É uma história que me cativou muito especialmente quando cheguei a metade do livro que por forças maiores não o consegui pousar. Está muito bem escrito, trabalhado e o facto de ser um romance com uma certa perduração no tempo ainda me deixou mais cativa da narração.
O amor será sempre democrata, desde que queira sê-lo.
E, se há um pormenor na forma narrativa que me fez gostar ainda mais deste livro foi a de que a narração é nos contada através da correspondência de cartas partilhadas entre o Marquês de Saint-Alban, a sua Victorine e do respectivo círculo de amigos de ambos, inclusive, os seus criados muito leais e confidentes.
Todas as páginas do livro da minha vida parecem apagadas.
Gostei muito deste livro e agora vou guardar o outro e último volume que me foi oferecido para o próximo verão. Assim, vou desgustando aos pouquinhos à medida que me desapego de uma boa história de amor com um plano histórico por baixo fenomenal.
Classificação: 4 estrelas.
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