Sinopse:
"De vez em quando, porém, sentado no chão com a minha mãe, contemplava o retrato do meu pai e ouvia os acontecimentos da sua vida a transformarem-se numa única narrativa. Era africano, vim a saber, um queniano da tribo luo, nascido nas margens do lago Vitória, numa aldeia chamada Alego. A aldeia era pobre, mas o seu pai - o meu avô, Hussein Onyango Obama - fora um lavrador importante, um ancião da tribo e um curandeiro. O meu pai cresceu a pastorear as cabras do pai e a frequentar a escola local, criada pela administração colonial britânica, onde revelara ser uma grande promessa. Acabou por ganhar uma bolsa para estudar em Nairobi; e depois, nas vésperas da independência do Quénia, fora escolhido pelos líderes quenianos e os patrocinadores americanos para frequentar uma universidade nos Estados Unidos, juntando-se à primeira grande onda onde de africanos enviados para aprenderem a tecnologia ocidental e a levarem de volta para forjar uma África nova e moderna."
Género: Autobiografia.
Data de Publicação: 2021.
Páginas: 203.
Editora: Reverso editada pela revista Sábado.
Fotografia da minha autoria - Sonhos do Meu Pai - A história da minha família -, Parte 1 (Origens) de Barack Obama, livro |
Opinião:
Tal como a maioria dos autores novatos, estava cheio de esperança e desespero perante a publicação do livro
Senti que fora quebrado um entendimento entre nós - como se, naquela sala árida, o velho me estivesse a sussurrar uma história não contada, dizendo-me coisas que preferia não ouvir.
Em vez disso, o meu pai levantou-se, dirigiu-se ao homem, sorriu, e começou a pregar-lhe um sermão sobre a loucura do fanatismo, a promessa do sonho americano e os direitos universais do Homem.
Tal como o porteiro, o Sr. Reed, ou a rapariga negra que levantava o pó enquanto corria por uma estrada do Texas, o meu pai tornou-se um acessório na narrativa de outrem.
Como é que a América podia mandar homens para o espaço e continuar a manter os seus cidadãos negros na servidão?
onde o medo e a falta de imaginação asfixiam os sonhos de modo que, no dia em que nascemos, já sabemos onde iremos morrer e quem nos irá enterrar.
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