Sinopse:
"a grande utopia noturna sepulta nos debaixo de um para-choque, a festa infeta-nos o corpo. fins de semana que passam como submarinos dentro da cabeça, cheia de música, do barulho da noite, das conversas e das gargalhadas que nunca acabam. a cabeça é uma coisa rápida, que não acaba nunca e a memória é lavada frequentemente com álcool. o sangue é chupado e cuspido do coração para o corpo com uma rapidez automática.
a poesia está metida nos subúrbios da alma, longe dos monumentos, longe das comemorações e dos ídolos. canto assim, com a cabeça em chamas, canto as bebedeiras e a sociedade secreta de criaturas perdidas. a comunhão entre alcoólicos e animais mitológicos. era preciso que a vida se multiplicasse nos parques de estacionamento, com a consequência feliz do estrangulamento. era preciso sair daqui, deste imenso poço e nadar até à pele da terra para poder ver toda a fantástica abóbada celeste. deixarmo-nos levar pela magia que as insignificâncias podem ter e ainda bem que temos errado no que deveríamos ser."
Ano de Publicação: 2000.
Género: Literatura Portuguesa.
Páginas: 63.
Editora: Associação Chili com Carne.
Fotografia da minha autoria - Textos mais ou menos poéticos de Rafael Dionísio | Livros |
Opinião:
há pássaros de papel, que se levantam pesados nos céus.
Cada um dos seus textos começa por um tópico curioso e, um dos que mais me chamou a atenção foi "existências", na qual nos fala da existência dos pássaros até à linha do litoral. Existem frases dignas de destaque que também nos leva a pensar sobre a temática que os envolve.
eu queria viver dentro de uma utopia onde coubessem todas as grandes amizades, todas as grandes paixões
Classificação: 3 ⭐⭐⭐
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