terça-feira, 31 de março de 2020

Um Até para o Ano, Março

Não sei bem resumir o mês de março. Foi um daqueles meses que se estendeu mais do que se imaginava. Ora estava a aproveitar os últimos dias a passear embora com extremo cuidado, ora isolei-me em casa quando era a melhor solução para todos.

Contudo, há quem se dê melhor por passar mais tempo em casa como a situação inversa. No meu caso, é o 1º mas, confesso que já não estava habituada por estar tanto do meu tempo em casa. Tive de reaprender muitas coisas. E, uma delas foi a gerir o (meu) tempo. O tempo para mim, o tempo para as minhas tarefas, o tempo para os meus hobbies e o meu tempo para a família e amigos.

Embora a sensação de se que estar por casa signifique para algumas pessoas-dicionários esticamento do tempo, não passa simplesmente de uma ilusão. Ou se preferirem, de uma desculpa para maratonarmos ou fazermos mais cestas das noites antes perdidas.

Imagem da minha autoria - março
Antes do isolamento voluntário, pude visitar uma catedral pertíssimo do apartamento onde estou a morar. Embora, consiga perfeitamente escutar o som do sino do local onde estou, às vezes a hora já mudou e penso de imediato que daquela vez nem o ouvi a pronunciar-se porque estava a fazer qualquer coisa de últil e que requeira a minha atenção. O som funciona portanto como uma espécie nova de bússola que me permite refletir no final do dia, os momentos em que gastei mais energia e os momentos que mais descansei.

Num dos primeiros passeios do mês encontrei estas meias gírissimas com orelhinhas num supermecado em promoção e não resisti em trazer um par comigo.


Free hugs.
Imagem da minha autoria - março
Comida. É impressão minha ou em estado de quarentena se ganha mais apetite para saborear, em especial, doces? Este mês não resisti em experimentar umas panquecas de M&M's, um gelado da Magnum com sabor a morango e a chocolate negro (do qual não sou fã, mas como corta-sabor o morango funciona na perfeição!) e a uma boa quantidade generosa de donuts. Foi por esse motivo, também o mês, em que decidi que estava na hora de fazer uns exercícios em casa consoante o espaço que tenho. Estou no 6º dia consecutivo, é bom certo?
Imagem da minha autoria - março
Foi também o mês em que terminei mais um livro espetacular do escritor Adam Higginbotham, para quem ainda não viu a minha opinião podem a ver aqui. E, estou muito feliz, por mais um mês ter passado e ter conseguido continuar o meu desafio de leitura para 2020 - ler 1 livro por mês. O meu problema não é conseguir entrar num novo mundo, ou descobrir qual aventura quero mas, sim saber separar o prazer da leitura com os deveres da universidade em picos extremamente stressantes - fase de exames e de entrega de trabalhos. Aos pouquinhos, creio que vou conseguir diminuir a minha ansiedade sem me atropelar no meio.

Não sei bem quanto a vocês desse lado, mas aqui na Polônia foi complicado conseguir encontrar um líquido desinfetante para as mãos. Encontrei este com bastante álcool - deixa as minhas mãos super secas mas, pelo menos desinfeta - por cerca de 11€. O que vale é que ainda consegui encontrar.

Imagem da minha autoria - março
Em tempos de quarentena, redescobri-me. Redescobri o meu tempo, os meus hobbies, a minha necessidade de organização e limpeza e para o meu corpo e mente. Optei por criar um pequeno plano para os meus dias sem ser extremamente rigorosa comigo mesma. Serve mais como um guião serve para um ator/atriz. Se precisarmos de o consultar, ele vai lá estar.

De março é tudo, para abril logo descobriremos.

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