Fim do nono capítulo | saber

Montagem da minha autoria - Fim do nono capítulo | saber

Melhor leitura de setembro: "Tudo o que nunca fomos" de Alice Kellen.

Melhor filme de setembro: Deixa-te levar.

Melhor mantra de setembro: "Acceptance disempowers fear, darkness, shame".

Melhor momento de setembro: Quando entreguei a minha dissertação.

Saber:

Saber que o tempo não cura tudo. Mas alguma coisa. Algumas feridas cicatrizam. Outras mantém-se sob as tuas memórias. 

Saber esperar. Saber o que querer. Saber que a calma de um coração sob um espírito irrequieto mantém as ondas do mar a bater na areia.

Os Livros que comprei na Feira do Livro da Póvoa de Varzim e do Porto | 2022

Este ano, para além da Feira do Livro da Póvoa de Varzim, fui pela primeira vez à Feira do Livro do Porto. Claro que adorei a experiência e, foi um dia muito bem aproveitado rodeada de natureza e livros.

Montagem da minha autoria - Os Livros que comprei na Feira do Livro da Póvoa de Varzim e do Porto | 2022

1 - As Filhas de Eva (ou As Raparigas de Papel) de Louise O'Neill

Foi a minha primeira leitura destes dias de compras e, já têm aqui a opinião disponível. Foi uma das leituras mais interessantes de 2022 e, sem dúvida que seria uma ótima leitura para constar no Plano Nacional de Leitura.

2 - Os Treze Enigmas de Agatha Christie

É o primeiro livro que vou ler da autora, Agatha Christie e, estou bastante entusiasmada com o mistério que escolhi. 

3 - A Ilusão de Merit de Colleen Hoover

2022 é o ano em que finalmente decidi ler Colleen Hoover. Estou a par de todo o sucesso da escritora, do êxito que está a ser no Tik Tok e, claro que depois de ler este livro compreendi o que estava a perder. Felizmente peguei num livro com um final feliz (um verdadeiro achado já que Colleen Hoover escreve também sobre finais tristes). Brevemente irão poder ler a opinião referente ao livro.

4 - A Grande Solidão de Kristin Hannah

Tenho imensa curiosidade por ler este livro e, só estou mesmo à espera que o Outono se faça sentir para o poder ler e, sentir todo o conforto que a capa transmite junto com uma chávena de chá e uma manta bem quentinha sobre o corpo.

Portanto, este pequeno passeio à procura de livros serviu bem o seu propósito. Daqui a nada irão poder encontrar todas as opiniões dos livros que adquiri. Boas leituras :)

Jay Shetty | Youtuber e Podcast

Hoje venho recomendar um canal de youtube para estarem atentos bem como um podcast. Tudo sob a mesma pessoa: Jay Shetty.

Crédito - Jay Shetty | Youtuber e Podcast

É verdade que só agora descobri o Canal de Youtube e o Podcast de Jay Shetty e, assim que vi duas conversas do seu Podcast - On Purpose - pelo youtube (uma vez que disponibiliza o vídeo da conversa) que o venho também a seguir no Instagram e diariamente, é uma fonte positiva.

O Jay entrevista pessoas com quem ao longo do tempo cria uma conexão e, procura ter conversas profundas relacionadas com a pessoa em questão. 

Recomendo vivamente para se lembrarem de como todos estamos a viver no mesmo planeta e, que por vezes, partilhar ajuda.

Canal de Youtube: Jay Shetty.

Canal de Youtube do Podcast: Jay Shetty Podcast.

Podcast: On Purpose with Jay Shetty.

Instagram: jayshetty.

Deixa-te Levar | Filmes

Sinopse:

"No verão antes de ir para a universidade, a aplicada Auden conhece o misterioso Eli, que a ajuda a viver a adolescência despreocupada que lhe passou ao lado."

Ano de Publicação: 2022.

Realizadora: Sofia Alvarez.

Género: Juvenil, Romance.

IMDB: 6.1.

Deixa-te Levar | Filmes

Opinião:

Auden tem problemas em adormecer à noite devido às discussões dos pais que ouvia antes destes se separarem. Tem igualmente dificuldades em criar amizades por achar que acaba sempre por afastar as pessoas. 

Sendo filha de uma prestigiada professora, é uma aluna muito aplicada e com boas classificações. Passa grande parte do seu tempo livre a estudar já que não tem uma vida propriamente social a não ser quando faz parte do convívio social da mãe.

No entanto, este verão, Auden decide aproveitar para estar com o pai e restabelecer laços de pai e filha que nunca sentiu. Vai para Colby, uma cidade costeira, onde o pai mora com a sua madrasta e meia- irmã. 

Apesar de estar numa diferente cidade, encontra de início também obstáculos em criar amizades até que conhece Eli, o rapaz misterioso que adora andar de bicicleta. A partir do florescer deste romance, Auden, experiência o primeiro amor e as primeiras amizades.

É um filme juvenil e, portanto, sem grandes desenvolvimentos. Porém, as dificuldades pessoais de Auden e de Eli exploram um bocadinho alguns dos problemas que acontecem na realidade.

A Ilusão de Merit de Colleen Hoover | Livros

Sinopse:

"Merit Voss tem uma vida pouco normal. Vive numa igreja reconvertida com uma família disfuncional e pouco ortodoxa: a mãe, sobrevivente de cancro, ocupa um quarto na cave, o pai é agora casado com a antiga enfermeira da mãe, o meio-irmão mais novo não pode comer nem fazer nada que seja divertido e tanto o irmão mais velho como a sua irmã gémea, Honor, são a imagem absurda da perfeição. E Merit sente que nunca será assim.

Merit coleciona troféus que não ganhou e segredos de família que é obrigada a guardar. Numa visita a um antiquário em busca do próximo troféu, Merit conhece Sagan, que logo a deixa completamente desarmada e com um novo brilho nos olhos - até ela perceber que ele é inalcançável. Cansada de se sentir invisível, e cada vez mais mergulhada no abismo, Merit decide acabar com a ilusão da família perfeita e revelar a verdade há tanto tempo escondida.

Mas não estará Merit também a esconder a verdade sobre si mesma?"

Género: Romance, Young Adult, Contemporâneo.

Ano de Publicação: 2019.

Páginas: 314.

Editora: Topseller. 

Avaliação no Goodreads: 3.86.

Fotografia da minha autoria - A Ilusão de Merit de Collen Hoover | Livros

Opinião:

Há algum tempo que queria ingressar num dos livros da Collen Hoover, não só por todo o hype positivo que tem como pela curiosidade em conhecer as histórias que tem vindo a partilhar.

Gosto quando a água me chega às plantas dos pés. Como não tenho dinheiro para fazer uma pedicure, é o que se pode arranjar.

Na minha ida à Feira do Livro do Porto, deparei-me numa banca com este exemplar a 10€ e, sabia que era o momento ideal para me debruçar sobre esta autora. Isso e a sugestão de uma amiga que também começou por este livro e teve uma boa primeira impressão.

De todos os lugares onde poderíamos estar, estamos aqui. Ao mesmo tempo.

A Ilusão de Merit, conta a história de uma rapariga de 17 anos que coleciona troféus sempre que teve momentos maus (como o término do seu primeiro namoro), vive com uma família que lhe pede sempre que guarde segredos e, no meio do caos encontra-se a "ir ao fundo para respirar".

Em vez disso, abri a porta imediatamente para investigar por minha conta. Se a minha vida fosse um filme de terror, eu seria a primeira a morrer.

 

Merit é das personagens mais estranhas que conheci no bom sentido pela sua impulsividade com o que pensa e faz, mas, também por ser uma personagem tão peculiar, engraçada e incrivelmente bem desenvolvida.

Abro os olhos e volto para a cama. Rezar é tão estranho. Se calhar devia fazê-lo mais vezes.

 

Ela tem uma irmã gémea, a Honor e um irmão mais velho, o Utah com quem ao longo dos anos perdeu a ligação, fazendo-a sentir-se ainda mais sozinha. Tem também um irmão mais novo o Moby que é um rapaz de 4 anos adorável e a única pessoa da família que gosta.

Há tanto tempo que guardo ressentimentos pela minha família que não me abraça, quando talvez eles se ressintam da mesma coisa da minha parte.

Diria que o livro me divertiu um pouco mais do que a tristeza que certas passagens me deixavam. Apesar de lidarmos com temáticas fortes como a depressão, a solidão, a falta de uma família funcional e dedicada uns aos outros, também houve momentos que simplesmente brilhavam de tão espontâneos e inesperados. 

Nem todas as palavras se podem traduzir em todas as línguas.

No meio do abismo, Merit conhece Sagan, um rapaz de 19 anos que numa feliz coincidência, acredito que foi a pessoa que mais precisava para a despertar do mundo de sombras em que começava a viver. Podemos inclusive, ver alguns desenhos que faz para Merit e que são sem dúvida um acrescento ao livro. 

Ele dá um passo para mim e, de repente, sinto que lhe engoli o coração, porque tenho batimentos a mais dentro do peito.

Penso que foi o livro perfeito para estrear no mundo da Collen Hoover, no entanto, estou aberta a sugestões e até mesmo a feedbacks que podem deixar nos comentários :) Foi dos melhores romances que li este ano. 

Classificação: 5 estrelas.

Tudo o que nunca fomos - Deixa Acontecer Volume I - de Alice Kellen | Livros

Sinopse:

"Leah está destroçada. Leah já não pinta. Leah é um fantasma desde o acidente que lhe levou os pais.

Axel é o amigo do seu irmão mais velho e, quando aceita recebê-la em casa durante uns meses, quer ajudá-la a encontrar e a colar os pedaços da rapariga cheia de vida e cor que um dia foi. No entanto, Axel não sabe que ela esteve sempre apaixonada por ele e, apesar de serem quase família, nem sonha que a sua vida está prestes a mudar.

Porque ela lhe está proibida, mas desperta-lhe os sentidos.

Porque há o mar, as noites estreladas e os discos de vinil.

Por vezes, basta um «deixa acontecer» para se ter tudo.

Este é o primeiro livro de uma série de dois volumes repleta de emoções."

Género: Romance, Contemporâneo.

Ano de Publicação: 2020.

Páginas: 340.

Editora: Editorial Presença.

Avaliação no Goodreads: 4.00.

Fotografia da minha autoria - Tudo o que nunca fomos - Deixa Acontecer Volume I - de Alice Kellen | Livros

Opinião:

Comprei este livro a pensar na leitura ideal para me despedir do verão e, claro que não resisti à sinopse plena de liberdade, de amor e de arte. É capaz de ser uma das capas mais bonitas que agora guardo nas minhas estantes e, um dos romances com hobbies que um dia gostaria realmente de aprender, desde o surf à pintura. 

A água atingiu-me e fechei os olhos. Depois a cor desapareceu e voltei a sentir-me a salvo daquelas memórias que às vezes tentavam entrar, da vida que já não tinha, das coisas que desejara e que já tinham deixado de me importar.

Um dos motivos pelo qual decidi mergulhar nesta leitura foi exatamente pela temática do mar, essencialmente do surf; da música - a autora deixa-nos na sua nota, a indicação de algumas músicas dos Beatles que acompanham a vida pessoal de Leah a desabrochar mas, também os podemos encontrar em várias partes da história -, pelos pequenos momentos de prazer de ler e no geral pela arte, especificamente: a pintura. 

E decidi que a melhor forma era começar por aquilo de que mais gosto: o surf, o mar, o sol. E depois ir improvisando. Mas o importante é sentir prazer, são pequenas coisas, a música, a calma; decidi aproveitar tudo aquilo que me preenche.

Leah adora pintar, paixão herdada pelo pai, Douglas, adora os Beatles e, o surf que partilha em comum com o Axel. No entanto, um ou outro hobbie foi deixado por ambos por motivos diferentes e, que vão ser explorados no livro.

Acendi um cigarro. Deveria ter pensado em como ela era, que não desistiria sem se agarrar ao que sentia, porque vivia pelas emoções que a atingiam e em volta delas.

Tudo o que nunca fomos é o primeiro volume de um romance com capítulos alternados entre a Leah e o Axel, separados por dez anos de diferença. Leah sobrevive a um acidente de carro em que perde os pais e, conta com o apoio familiar do seu irmão mais velho, o Oliver. Mas também, com os amigos chegados da sua família, como é o caso do filho mais novo do casal, Axel que desde os cinco anos é o melhor amigo do Oliver.

Não sei, imagina que nos ensinavam desde pequeninos que a perda não é uma coisa triste, é só uma despedida, uma coisa natural sobre a qual se pode falar.

Acompanhamos a superação de Leah face à perda dos seus pais em especial pelo apoio de Axel que a desafia a voltar a ser feliz e a voltar a pintar tal como esta sente quando Leah vai para a sua casa a pedido do irmão que vai trabalhar para Sidney. Compreendemos o valor que este dá à sua amizade com o Oliver e à sua falta de coragem de lutar por Leah (um pormenor que espero que mude no segundo e último volume).

Naquela época tínhamos prometido um ao outro que viveríamos sempre assim, como naquele sítio que nos vira crescer e que era tão simples, tão relaxado, ancorado na essência do surf e da contracultura.

Sucintamente, este livro está repleto de mar, de areia, de surf, de longas noites a ouvir o vinil dos Beatles, de pinturas, de romance e um céu estrelado.

Fiquei calada, relaxada, sem afastar os olhos das vigas do teto de madeira, pensando que aquilo era perfeito; estar ao seu lado, passar o sábado no mar, entre pintura e música, cozinhando juntos, fazendo o que nos apetecesse... Desejei que fosse eterno.

Li-o enquanto me encontrava na piscina pelo que sinto que seria uma leitura perfeita se a tivesse feito na praia que é um dos lugares onde as nossas personagens principais passam grande parte do seu tempo. Terminei-o bem de noite a sentir que este livro ainda me tinha muito por contar uma vez que,  ainda tem um segundo volume pelo que, esse sim vai ser a verdadeira despedida do verão. 

O céu estava salpicado de estrelas e cheirava a mar.

É o primeiro livro que li da autora, Alice Kellen, porém, do que li, posso dizer que gostei muito e, espero que brevemente possa partilhar uma opinião mais completa assim que ler o segundo volume.

Classificação: 5 estrelas.

Uma Combinação Perfeita | Filmes

Sinopse:

"Para conseguir um grande cliente, uma executiva de uma empresa vinícola de Los Angeles vai trabalhar para um rancho australiano, onde se aproxima de um rude residente."

Ano de Publicação: 2022.

Realizador: Stuart Mcdonald.

Género: Comédia Romântica.

IMDB: 6.1.

Uma Combinação Perfeita | Filmes

Opinião:

Quando Lola Alvarez despede-se da empresa vinícola onde trabalha e decide criar a sua própria empresa de vinhos, desconhece que uma pequena viagem inocente de negócios pode lhe aproximar do amor.

Viaja até Austrália, com o intuito de conseguir conhecer uma possível primeira cliente da sua nova empresa, Hazel Vaughn. No entanto, por ser nova no mercado, a oferta é recusada. O que a cliente não espera é que Lola demonstre o seu valor ao aceitar um cargo no meio agrícola da empresa familiar.

Lola acaba por se apaixonar por Max, um dos funcionários do negócio familiar Vaughn, que é o responsável por lhe ensinar o que deve fazer. Só que este guarda um pequeno segredo que também lhe pode custar o amor que sente por Lola.

É um filme romântico que não demonstrando nada inesperado, pelo menos, nos acolhe por breves momentos da realidade. 

If We Were Villains de M. L. Rio | Livros

Sinopse:

"Oliver Marks has just served ten years in jail - for a murder he may not have committed. On the day he's released, he's greeted by the man who put him in prison. Detective Colborne is retiring, but before he does, he wants to know what really happened a decade ago.

As one of seven young actors studying Shakespeare at an elite arts college, Oliver and his friends play the same roles onstage and off: hero, villain, tyrant, temptress, ingenue, extra. But when the casting changes, and the secondary characters usurp the stars, the plays spill dangerously over into life, and one of them is found dead. The rest face their greatest acting challenge yet: convincing the police, and themselves, that they are blameless."

Género: Mistério. Thriller, Crime, Contemporâneo.

Ano de Publicação: 2017.

Páginas: 385.

Editora: Flatiron Books.

Avaliação no Goodreads: 4.22.

If We Were Villains de M. L. Rio | Livros

Opinião:

Oficialmente, o primeiro livro que terminei de ler no primeiro dia do mês quando há muito passava da meia-noite. Não só porque é um livro em que a curiosidade de saber o desfecho leva a melhor sobre ti como também pelas vibes de dark academia e tragédia shakespeariana que este livro acarreta.

Fouth year. The year of the tragedy.

Se não gostares de ler sobre crimes então este livro não é para ti. Se não gostares do mistério que sempre acompanha quando ocorre um assassinato então este livro não é para ti. Se dark academia não for um género que gostes de ler sobre ou onde a tragédia toma conta da história então este livro não é de facto para ti.

Make art, make mistakes, and have no regrets.

No entanto, se gostares de tudo o que enumerei em cima então por favor lê este belíssimo primeiro livro da autora, M. L. Rio.

There are things they don't tell you about such magical places - that they're as dangerous as they are beautiful.

"If We Were Villains", é perfeito para começares a ler no Outono/Inverno, uma vez que é onde a ação realmente se desenrola e vai tornar esta leitura ainda mais spooky ou por outros termos, agradável, se for feita a partir do fim do dia com uma chávena de chá quente na mão e uma boa mantinha sobre ti.

Halloween approached like a tiger in the night, with a soft rumble of warning.

Oliver Marks, o nosso personagem principal e também narrador, encontra-se no último dia de pena a cumprir, prestes a sair em liberdade quando por insistência de Colborne, - o detetive que o prendeu dez anos antes, por um crime que não cometeu -, insiste para que uma vez, que este já não se encontra a praticar a profissão, lhe conte por fim a verdadeira história por detrás do assassinato de um dos seus colegas atores numa faculdade de elite.

It was the unknown ending that terrified me.

E, a partir deste momento, vai ser difícil pousar o livro e não pensar uma única vez sobre as vossas suspeitas do que aconteceu à medida que os factos se vão revelando.

But here's the difference, Joe. For you it was just one day, then business as usual. For us it was one day, and every single day that came after.

Oliver é um jovem ator no último ano (o quarto ano) que estuda Shakespeare juntamente com os seus colegas, nomeadamente: Alexander, Filippa, James, Wren, Meredith e Richard. Por norma, leem as peças, estudam alguns versos à sua escolha e fazem o casting para determinar a personagem de uma das peças previamente selecionadas de Shakespeare que vão desempenhar.

Enter the players. There were seven of us then, seven bright young things with wide precious futures ahead of us, though we saw no farther than the books in front of our faces. we were always surrounded by books and words and poetry, all the fierce passions of the world bound in leather and vellum. (I blame this in part for what happened). 

No final de cada primeira atuação, todos se reúnem e aguardam que a lista oficial de cada papel lhes seja divulgado. A partir daí, vem o estudo profundo das personagens que lhe foram concedidas - memorização das falas, treino de combate quado necessário, perceção dos sentimentos do protagonista juntamente com o estudo da peça e do indivíduo enquanto ator - até ao momento da estreia da peça na Universidade.

Do you blame Shakespeare for any of it? The question is so unlikely, so nonsensical coming from such a sensible man, that I can't suppress a smile. I blame him for all of it, I say.

São um grupo de amigos chegados que se consideram família até ao momento em que o assassinato de um dos seus colegas acontece. Desse momento em diante, todos são suspeitos pelo que devem ainda ser mais unidos do que antes ao mesmo tempo que desempenham grandes tragédias shakespearianas repletas de mistério, crueldade e desavenças dignas de Shakespeare.

A good Shakespearean actor - a good actor of any stripe, really - doesn't just say words, he feels them. We felt all the passions of the characters we played as if they were our own. But a character's emotions don't cancel out the actor's - instead you feel both at once.

Gostei muito de ler este livro pela vibe dark academia (que é um dos géneros que mais tenho prazer tenho de ler), por saber que a tragédia é inevitável (mesmo que nós leitores tenhamos esperança até ao término do livro) e, por uma leitura fresca e rápida neste ambiente de suspeitas.

Classificação: 5 estrelas.

People We Meet on Vacation de Emily Henry | Livros

Sinopse:

"Two best friends. Ten summer trips. One last chance to fall in love.

Poppy and Alex. Alex and Poppy. They have nothing in common. She's a wild child; he wears khakis. She has insatiable wanderlust; he prefers to stay home with a book. And somehow, ever since a fateful car share home from college many years ago, they are the very best of friends. For most of the year they live far apart - she's in New York City, and he's in their small hometown - but every summer, for a decade, they have taken one glorious week of vacation together.

Until two years ago, when they ruined everything. They haven't spoken since.

Poppy has everything she should want, but she's stuck in a rut. When someone asks when she was last truly happy, she knows, without a doubt, it was on that ill-fated, final trip with Alex. And so, she decides to convince her best friend to take one more vacation together - lay everything on the table, make it all right. Miraculously, he agrees.

Now she has a week to fix everything. If only she can get around the one big truth that has always stood quietly in the middle of their seemingly perfect relationship. What could possibly go wrong?"

Género: Romance, Contemporâneo.

Ano de Publicação: 2021.

Páginas: 364.

Editora: Berkley Books.

Avaliação no Goodreads: 3.98.

People We Meet on Vacation de Emily Henry | Livros

Opinião:

Há algum tempo que queria ler algum livro da autora, Emily Henry e, surpreendemente, comecei pelo: "People We Meet on Vacation". Digo, surpreendemente, porque dos três livros publicados: "People We Meet on Vacation", "Beach Read" e "Booklovers", sempre foi o último que me despertou mais interesse. 

On Vacation, you can be anyone you want.

Com os dias de verão a acabar queria ler algo que ocorresse ainda nesta estação e claro que não pensei duas vezes e escolhi este livro para saborear os últimos momentos de verão.

Like a good book or an incredible outfit, being on vacation transports you into another version of yourself.

Neste livro, conhecemos a história de Poppy Wright e Alex Nilsen, dois melhores amigos que verão após verão se voltam a reunir para uma semana de viagem a um país ou lugar que querem conhecer. Poppy, tem a profissão com que sempre sonhou, mas vive amedrontada de voltar à cidade onde cresceu e reviver o bullying que sofreu. Por outro lado, Alex, também desempenha a profissão que sempre quis, mas não pretende se mudar de Ohio.

That crush of happiness, that feeling that this is what life's about: being somewhere beautiful, with someone you love.

Ambos têm personalidades diferentes. Poppy anseia pelo desconhecido, pelas viagens e as amizades que cria no percurso, enquanto Alex prefere ler, criar a sua família e viver com o grande amor da sua vida.

Why have a pet who doesn't want to be petted? She just doesn't like you. he insists. You have strong dog energy.

Esta leitura conduz-nos num capítulo pela primeira viagem que fizeram e no capítulo seguinte, pela viagem que Poppy está a programar para este verão. Os capítulos são sempre alternados no tempo embora contados sempre do ponto de vista da Poppy e vão se aproximando até restar apenas a história que estão a criar com a viagem que está a acontecer nesse verão. Um detalhe que gostei muito. Mas, acharia mais interessante se o Alex também tivesse uma voz em vez de ser sempre a Poppy a contar-nos tudo.

I thought the whole thing about millennial's was that we don't get what we want. 

No entanto, foi um romance bonito e fofo, apesar de mais ou menos sabermos o final: um amor que cresce da amizade ou como se diz em inglês,  friends to lovers. 

someone you love. I tried to write something about that in the caption, but it was hard to explain.

A relação de Poppy e Alex está repleta de piadas que me deixaram a sorrir para o ecrã várias vezes e além disso, estão sempre a arreliar um ao outro, principalmente Poppy, o que acredito que eleva este romance a ter o sucesso que tem.

It's fascinating. How much of love is about who you are with someone.

As personagens secundárias também são muito bem escritas e introduzidas nos momentos certos, cada uma com uma personalidade própria que não rouba o brilho a mais ninguém e é simplesmente lindo de ler sobre as participações que cada uma desempenha tanto na vida de Poppy como de Alex.

I love my kids, but sometimes I just want to sit down to dinner and talk about something other than Peppa Pig.

Gosto muito de ler romances por gostar simplesmente de descobrir como as relações amorosas são criadas, percebidas pelas personagens no meio de tantas escolhas pessoais que acabam por ter de fazer. 

And that's how it is in real life too. You can love someone and still know the future you'd have with them wouldn't work for you, or for them, or maybe even for both of you.

Descobri que brevemente teremos mais um livro da escritora publicado: "Happy Place". Estou ansiosa e, espero ler todos os seus restantes livros nos próximos tempos, caso não aguente esperar até ao próximo verão, claro.

Classificação: 5 estrelas.

The Summer I Turned Pretty | Séries

Sinopse:

"Um triângulo amoroso entre uma rapariga e dois irmãos. Uma história sobre o primeiro amor, o primeiro desgosto, e a magia daquele verão perfeito."

Ano de Publicação: 2022.

Género: Drama, Romance.

IMDB: 7.4.

The Summer I Turned Pretty | Séries

Opinião:

Belly passa todos os verões em casa da melhor amiga da sua mãe, Susannah. Uma tradição que já tem por hábito de acontecer mesmo antes dela nascer. E, este verão não é exceção. Belly prepara-se para mais um verão na casa dos seus melhores amigos: Conrad e Jeremiah.

No entanto, este verão é diferente: Belly quer que este seja o verão em que o seu desejo por fim aconteça, uma vez que, desde novinha que secretamente está apaixonada por um dos irmãos. E, Susannah sempre lhe disse que sabia que namoraria com um dos seus filhos, mas que nunca teve a certeza de qual.

Contudo, não está à espera de ser apanhada num triângulo amoroso, de ter a sua primeira deceção amorosa ou de aceitar ser debutante. 

Eu dispenso bem triângulos amorosos, mas queria muito ver uma série de verão e a verdade é que gostei de todos os episódios pelo que já aguardo ansiosamente pela segunda temporada. Está repleta de momentos típicos de verão, desde o nascer do sol na praia a mergulhos noturnos na piscina.

Para quem não sabe, esta série foi adaptada dos livros de Jenny Han contendo o mesmo título.

As Filhas de Eva de Louise O'Neill | Livros

Sinopse:

"Num mundo obscuro e perturbador, as raparigas já não nascem de forma natural, as mulheres são doutrinadas nas escolas, treinadas nas artes de satisfazer os homens até estarem prontas para o mundo exterior. No final dos estudos, as melhores alunas tornam-se «companheiras» e permitem-lhes viver com o marido e gerar filhos até já não serem necessárias. Para as raparigas que ficam para trás, o futuro - como concubina ou professora - é sombrio.

As amigas freida e isabel têm a certeza de que irão ser escolhidas como companheiras - estão entre as melhores alunas do seu ano. Mas, à medida que se aproxima o ano final, isabel faz o impensável e começa a engordar... Nessa altura chegam a um ambiente protegido os rapazes, ansiosos por escolher uma noiva.

Uma crítica à obsessão da sociedade atual com o aspeto e o comportamento das mulheres. 

Um livro ousado, arrepiante e totalmente viciante."

Género: Young Adult, Distopia, Feminismo, Contemporâneo.

Ano de Publicação: 2015.

Páginas: 389.

Editora: Civilização.

Avaliação no Goodreads: 3.77.

As Filhas de Eva de Louise O'Neill | Livros

Opinião:

Comprei este livro na Feira do Livro da Póvoa de Varzim como recomendação várias vezes da Helena Magalhães e da conta do Instagram: hmbookgang criado pela mesma. Quando o encontrei entre os livros em segunda mão nem pensei duas vezes e ainda tive a sorte de estar novinho em folha.

No princípio, o Homem criou as novas mulheres, as evas.

Tenho-vos a dizer que foi um dos poucos livros de 2022 em que comecei e terminei de ler no mesmo dia. Já suspeitava pela sinopse que este livro iria me deixar agarrada até ler tudo, mas não pensei que fosse ser uma das melhores leituras deste ano.

As castidades continuam a perguntar-me porque não consigo dormir.

Desde a primeira página em que conheci Freida e Isabel, o horror da sociedade em que vivem e para o que vivem segundo foram desenhadas que só voltei a pousar o livro quando o terminei de ler.

Correm rumores de que, atualmente, nas Zonas Africana e Oriental só são desenhadas raparigas louras de olhos azuis, ignorando-se assim totalmente o passado dessas Zonas.

As Filhas de Eva ou As Raparigas de Papel (dependendo da edição que adquirirem) de Louise O'Neill conta-nos uma distopia em que a sociedade divide as mulheres em três categorias: companheiras (as que casam e vivem com um dos dez herdeiros dentro da zona euro), as concubinas (que são basicamente as amantes) e por fim, as castidades (as professoras responsáveis pela educação e formação).

Desejo que todos os ossos do meu rosto se partam, quero ficar desfigurada para além de qualquer possibilidade de reparação, para que seja inevitável um redesenho completo.

Todas as raparigas aos 4 anos são direcionadas para a escola onde as castidades lhes vão ensinar até aos 16 anos (o ano escolar em que os seus estudos terminam) a serem belas, a saberem se vestir e maquilhar, a saberem se comportar, a sempre estar dentro da média de peso calculada e claro, não é permitido chorar, fazer histeria ou tão pouco pensar (até porque não podem ler).

A memória da nossa Interação já está a esboroar-se, como acontecia aos castelos de areia quando a maré subia.

Fascinei-me com a imaginação da autora ao criar uma sociedade tão opressiva e delirante quanto a que encontramos aqui. Esta leitura fez-me lembrar a sinopse de Handmaid's Tale de Margaret Atwood e apesar de nunca ter lido, sinto que as duas partilham do mesmo tema e parte da premissa.

E assim, sem mais, parte-me o coração em dois.

Foi o único livro que li de Louise O'Neill e, fiquei completamente rendida, à sua escrita e imaginação. Foi uma das melhores leituras deste ano e, espero que a escritora continue a escrever livros tão bons quanto este.

Classificação: 5 estrelas.

Re(aventurar) | Setembro de 2022

Re(aventurar) - Crédito

Re(aproveitar) os últimos cartuchos de verão que se fazem sentir. E, embora ainda não tenham partido já paira a saudade no ar dos dias longos, da pele salgada e da brisa do mar.

Sempre será na praia que encontro o verbo amar em todos os tempos e sentidos. Porque é nas ondas do mar que o meu coração acelera ao ver as aventuras que me esperam.

Dar o último mergulho, jogar o último jogo de voleibol na praia, pedir o último desejo de verão. Porque sempre que se fala em aventuras, ou é tudo ou não é nada.

Re(aproveitar) todos os momentos que nos deixam bem para no dia seguinte acordarmos com o coração ainda mais feliz.