Sinopse:
"Olhar intimista sobre a mítica atuação de
Beyoncé no festival Coachella de 2018, que transformou um conceito criativo num movimento cultural."
Diretores: Beyoncé Knowles-Carter e Ed Burke.
"Ladys and Gentleman, welcome to Beyoncé Homecoming 2018!"
Demorei algum tempo, efetivamente, a ver o documentário desde que foi disponibilizado na netflix, em parte por causa dos estudos, em parte porque tinha outros assuntos pendentes em mãos. Quando estou com algo de momento que requer toda a minha atenção, não consigo me focar noutra coisa que também preciso de ver com atenção.
No entanto, um tempinho depois consegui finalmente ver. Assim, após ter anotado tudo o que achei de importante (o que me valeu umas grandes páginas de grandes reflexões,
thank you Beyoncé!), trouxe-vos a minha opinião.
Esta produção mais do que fabuloso e estridente concerto que a
Beyoncé deu e mais uma vez arrasou, teve a diferença de ser inserido partes de clipes referentes aos bastidores, a tudo e a todas as pessoas que estiveram a trabalhar constantemente em
background para que neste dia tudo desse certo. Podemos, também ver algumas reflexões da própria
Beyoncé contadas e partilhadas por ela acerca do que pretendia deste
show bem como o sacríficio e a força por detrás desta grande concretização.
"I was supposed to do Coachella the year prior. But I got pregnant unexpectedly. And it ended up being twins, wich was even more of a surprise. My body went through more than I knew it could. I was 218 pounds the day I gave birth. I had an extremely difficult pregnancy." - Beyoncé
Como ela própria diz, o período que esteve grávida foi bastante difícil e delicado. Inclusive, o coração de um dos bebés pausou por momentos tendo sido necessário proceder com grande cuidado.
No regresso aos palcos, fez uma dieta rigoroso, treinou muito e não foi só exigente com ela como também com quem a rodeava. Ela não queria dar mais um espetáculo caraterístico, queria mais do que isso:
"When I decided to do Coachella instead of me pulling out my flower crown, it was more important that I brought our culure to Coachella. There was a four-month period of rehearsals with Derek and the band before we started the 4 months of dance rehearsals."
Podemos mesmo ver durante o festival o que a
Beyoncé queria transmitir. A inclusão, a força, a união, a essência e de como o mundo precisa de dar uma grande volta. As pessoas precisam de uma vez por todas, perceber que não é a quantidade de melanina no corpo que distingue os maus e os bons, os culpados e as vítimas. Chega desse preconceito, chega desses estereótipos. O que é um amigo senão aquele que nos dá um braço? O que é uma pessoa senão aquilo que a torna humana?
Mas o que fez a artista tomar esta posição? Talvez pelo que vê, pelo que escuta, pelo que lê e pelo que sente.
"As a black woman, I used to feel like the world wanted me to stay in my little box. And black woman often feel underestimated. I wanted us to be proud of not only the show, but the process."
Bom, I´m not a black woman mas, senti-me feliz ao ver frame a frame tudo o que ela trouxe até ao palco. A energia, o poder e este orgulho de ser uma black woman na qual o mundo - as pessoas - a queriam enclausurar. Fiquei feliz ao ver todas aquelas pessoas contentes a fazerem o que gostam e a mostrarem-se ao mundo que as prende sem medo, só com muita boa vibe. É contagiante, é mágico!
Podemos os ver todos sintonizados não só nas danças e nas batidas mas, no seu propósito em especial naquele dia.
"It felt we were all connected and it literally felt like we were in our own university and struggling together. The hours were unbelievable. We did a pass without any music. And just to hear the energy in all the stops and to feel the shaking of the risers on the pyramid, to hear the harmonies live was just as entertaining."
Vamos falar das músicas que cantou ao vivo, dos convidados especiais que subiram ao palco para cantar com ela, dos passos de dança? Algumas presenças foram: Solange, Destinity´s Child, Jay-Z.
A organização da orquestra, das cantoras, das dançarinas e dos dançarinos tudo no mesmo ritmo com cada música da Beyoncé constituiu uma performance incrível. Ainda estou a reconsiderar ver o documentário todo de novo só para ver tudo mais uma vez!
"A lot of the choreography is about feeling, so it´s not as technical. It´s your own personality that brings it to life. And that´s hard when you don´t feel like yourself. I had to rebuild my body from cut muscles. It took me a while to feel confident enough to freak it, and give it my own personality."
Para tudo isto acontecer, foi preciso vontade, força e energia. Todos queriam fazer parte, ser uma peça neste grande puzzle. E cada uma dessas peças sobressaiu-se, não foi apenas uma peça de um total de 2000. Cada um, contribuiu com o que sabia e foi a própria Beyoncé a fazer o casting de determinados movimentos como a dança e a unir tudo para mostar a força de cada um deles unida.
"The music on those vocal rehearsals that´s the heartbeat of the show. I wanted all of these different characters, and I wanted it to feel the way I felt when I went to battle of the bands because I grew up seeing those shows, and that being the highlight of my year. So I studied my history, I studied my past, and I put every mistake, all of my triumphs, of my 22 year career into my two-hour homecoming performance."
Beyoncé foi a primeira mulher negra na história a mudar o nome do festival, Coachella para Beychella. Não tinha ainda a certeza se alguma vez iria voltar ao seu estado físico antes de ter os gémeos e a dar mais uma daquelas performances mesmo á Beyoncé que deixam todos de boca aberta, até porque é quando pensamos que já não pode haver nada que nos surpreenda que bamn lá está a Beyoncé sendo a Beyoncé (thank God). Alguém já viu? Quem mais adorou?