Os Meus Favoritos do Mês | Julho

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Este mês soube a sunset na praia com direito a pizza, soube a domingos na piscina, soube a noites de sexta feira a dançar, soube a episódios de Friends e soube a um último esforço para a apresentação da dissertação de mestrado e um até já ao trabalho.

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Ainda ando à procura do creme corporal ideal para o meu corpo. Desta vez, trouxe um do supermercado comigo: Body Superfood da Garnier com cheiro a melancia. Gosto particularmente da facilidade de hidratação.

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Encomendei estas leggins da Prozis e tenho a dizer que estou a adorar. São confortáveis, justas ao corpo e permite-me trazer um bocadinho de verão para os meus exercícios no ginásio.

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Vi esta mola na Parfois da minha cidade, mas não a comprei. Depois procurei-a em outras superfícies comerciais e, depois de alguma procura falhada, eis que a trouxe comigo. Só agora estou a compreender a prática de ter sempre uma mola por perto em vez do elástico para prender o cabelo. E, trouxe-a no formato oval.

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Assim que descobri o novo McFlurry com sabor a Lion que é uma das novidades da McDonald's para este verão, que já experimentei duas vezes! Portanto, recomendo.

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The Song of Achilles de Madeline Miller surpreendeu-me. É uma nova versão da história, atrevo-me a dizer para além da clássica, tal como a conhecemos. A autora procura-nos envolver para além dos meros factos já conhecidos.

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Já acompanho Bridgerton desde que ficou disponível na Netflix e, honestamente tornou-se uma série que vai sempre acabar por me surpreender pela positiva. A primeira temporada foi boa, a segunda foi ainda menos esperada e, esta prequela - Rainha Charlotte - é a cereja no topo do bolo. Houve momentos tão tristes que vi com a mão em frente aos olhos. Por isso, aconselho a terem lenços por perto.

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Este mês pediu todas as baladas do funk e do reggaeton. E, há muitas boas, mas a "Tá Ok" do DJ Dennis foi uma das minhas preferidas.

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Embora este mês tenha estado a trabalhar, a verdade é que peguei um dia e depois do trabalho fui com uma amiga à praia. Comemos pizza, conversamos muito e vimos o sunset. Foi um momento tranquilo e para repetir.

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Para terminar esta dose de favoritos só mesmo uma mensagem colorida e bonita como esta. Como foi o vosso mês? 🌈

Papi Juancho de Maluma | Playlist

Crédito - Papi Juancho de Maluma | Playlist

Sugestão de Playlist: Papi Juancho de Maluma.

Vem o calor e a minha perdição por estas músicas piora. Portanto, estou a ouvir pela centésima vez este ano, este álbum que tem um toque mais sereno e sentido.  A minha música preferida é a Cielo a un Diablo. 💙

Clube das Mulheres Escritoras | Newsletter

Imagem da minha autoria - Clube das Mulheres Escritoras | Newsletter

Recentemente, foi criada uma newsletter "feita por escritoras de ficção portuguesas", apelidada de: Clube das Mulheres Escritoras. Soube deste lançamento porque admiro muito o trabalho da Rita da Nova e ela é uma das escritoras presentes neste projeto.

Podem subscrever a newsletter aqui e seguir a conta de instagram para ficares a par de todas as convidadas a participar desta edição para divulgar a literatura portuguesa e firmar que os livros não têm género.

Estou subscrita desde o início e posso vos dizer que é conteúdo que vale a pena ler e seguir. É um projeto idealizado com carinho e que se baseia em valores necessários para comunicar o que tanto há de bom na literatura em Portugal.

Personagens na Terapia | Podcast

Sobre o Podcast:

"Simulamos sessões de terapia com seus personagens favoritos e, de quebra, você melhora por tabela. Este podcast é feito por Vítor Madureira, terapeuta, hipnólogo e comunicador."

Interlocutor: Vítor Madureira.

Spotify: spotify.com.

Crédito - Personagens na Terapia | Podcast

Opinião:

Ontem enquanto arrumava os meus livros e limpava o pó das estantes, apercebi-me que este mês ainda não tinha escutado nenhum podcast novo. Foi quando fui dar uma vista de olhos à minha lista de podcasts no Spotify e, deparei-me com "Personagens na Terapia" de Vítor Madureira.

Adorei imediatamente a premissa e, deve ter isso isso que me fez acrescentar antemão à lista na minha conta antes sequer de ouvir um episódio. Ontem, ouvi o episódio do Ted Mosby na Terapia: Se apaixonar rápido demais, carência e romantismo tóxico. 

Gostei de acompanhar a análise e, acho que parte de uma ideia tão original que para quem viu a Série: How I met your mother é capaz de querer dar uma oportunidade. Infelizmente, não conta com muitos episódios, mas essa é uma das coisas que gostei - a facilidade de ouvir todos os episódios disponíveis e estar atualizada neste novo podcast. 

Tem episódios com as seguintes personagens: Wednesday Addams, Robin Scherbatsky, Michael Scott, Luisa Madrigal, Wanda Maximoff, Anne With an E, Randall Pearson, Jinx, Love Quinn, Joe Goldberg, Walter White, Rue Bennett e Jake Peralta.

A parte gira é que também serve também como sugestão de séries. Já conheciam este podcast? 👆

Samantha Kilford | Blogosfera

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Tenho vindo a explorar o conteúdo da samanthakilford há uns meses e, apesar de já não estar mais ativa na blogosfera, acho que ainda vale a pena espreitar. Ela publicou essencialmente opiniões sobre livros e viagens. Portanto, nesta altura do ano, é sempre bom sermos inspirados.

Blog: samanthakilford.

Instagram: samanthakilford.

Espero que esta recomendação vos seja útil! 🌞

Quiz: Que clichê viverias se a tua vida fosse um livro de romance?

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Recentemente, descobri o instagram da Elga Fontes e, sei que provavelmente cheguei tarde à festa, mas ela partilha tão bom conteúdo que também quis participar e partilhar com vocês um dos quizzes que ela preparou. Desta forma, o Quiz: Que clichê viverias se a tua vida fosse um livro de romance? foi a minha escolha inicial e, por isso, é a minha estreia no seu conteúdo. 

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Acho que toda a gente que gosta de romances, fica com a curiosidade de descobrir qual o cliché que poderia viver. Eu, incluída. E, para a primeira pergunta, pensei que a minha escolha cairia na c). Não só porque é um dos programas mais diferentes que se pode fazer em conjunto, mas também pela experiência conjunta que se pode formar. No entanto, a hipótese A) seria a decisão final.

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Sem pensar duas vezes, a minha resposta seria a A). Só porque é a minha primeira reação sempre que acontece. Depois lá me acalmo com o meu feitio e até pode ter um bom desfecho para o meu lado. Porém, essa é sem dúvida a minha primeira reação juntamente com o seguinte emoji 🙄

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Acho que para uma relação funcionar tem de haver inevitavelmente as três, pelo menos para mim em concreto. No entanto, acho que havendo química e não havendo sentido de humor, a relação acaba por não funcionar e, vice-versa. Mas, tendo de escolher, escolho a opção C).

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Por muito que aprecie todas as respostas, eu vou escolher a B). Essencialmente, o aspeto da lealdade, do sentido da proteção e o humor são considerações importantes. 

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Sem qualquer dúvida, volto a escolher a opção B)! É das poucas músicas que consigo acertar em mais de 50% da letra e, que quero logo fazer karaoke, embora a minha voz não seja apologista. 

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Sinto a tensão deste par romântico só de ler a definição deste resultado. Calculo que não sejam personalidades que apreciem a modalidade do yoga.

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Achei este resultado bastante engraçado. O destaque vai para a pessoa que consegue ser protetor e, que mesmo assim te veja como capaz de te defenderes e respeite o teu espaço.

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Não sei quão gratificante seria, só de pensar em toda a logística de conjugar personalidades e gostos. Mas, admito que pagaria para ver estas duas pessoas a conversar. Aliás, eu acho que um dos meus relacionamentos foi assim, e, eu era definitivamente a «Sunny» a não ser que o caldo estivesse entornado. 

O meu resultado final é uma mistura do Resultado A) com o B), portanto, good luck to me! E, só para saber, vocês já acompanhavam a Elga? E, já agora qual foi o vosso resultado neste Quiz? 👀

Mr Sallary de Sally Rooney | Livros

Sinopse:

"Faber Stories, a landmark series of individual volumes, presents masters of the short story form at work in a range of genres and styles.

'My love for him felt so total and so annihilating that it was often impossible for me to see him clearly at all.'

Years ago, Sukie moved in with Nathan because her mother was dead and her father was difficult, and she had nowhere else to go.

Now they are on the brink of the inevitable.

Sally Rooney is one of the most acclaimed young talents of recent years. With her minute attention to the power dynamics in everyday speech, she builds up sexual tension and throws a deceptively low-key glance at love and death.

Bringing together past, present and future in our ninetieth year, Faber Stories is a celebratory compendium of collectable work."

Género: Contos.

Ano de Publicação: 2019.

Páginas: 48.

Editora: Faber Stories.

Avaliação no Goodreads: 3.81 ⭐⭐⭐

Crédito - Mr Sallary de Sally Rooney | Livros

Opinião:

Ainda como parte da minha TBR de Junho, propus-me a ler: "Beautiful World, Where Are You" de Sally Rooney. Um livro que está a ser a minha companhia aos domingos. Sejam passados à beira-mar, no rio ou na piscina. 

I preferred the first one, who at least had a sense of humour.

Portanto, é uma leitura que estou a fazer devagarinho e que estou a aproveitar para saborear cada uma das palavras da autora irlandesa. Mas, eu sinto-me fascinada pela facilidade com que Sally Rooney fala-nos de forma tão banal e, ao mesmo tempo, admirável, de outras vidas, vidas que nos são alheias até as conhecermos.

Ignoring the real living bodies all around me, as if death was more of a miracle than life was.

Apercebi-me que Mr Sallary era a leitura que me faltava fazer para estar completamente atualizada e, por isso, embarquei neste conto com muitas expectativas e com a esperança de encontrar mais personagens fascinantes.

Then we lapsed into silence.

Não obstante, tratar-se de um conto, a verdade é que ficou muito aquém. Neste romance, conhecemos Sukie e Nathan. E, claramente sente-se uma química entre eles e carinho semelhante a duas personagens de "Beautiful World, Where Are You", nomeadamente a Eileen e o Simon. 

Everything was normal that quickly.

Não quero avançar mais com a partilha do que podem encontrar neste livro porque já se trata de um conto e não quero estragar nenhuma surpresa. No entanto, adianto-vos que existe dependência emocional e relações parentais pouco nutridas e sentidas.

Not a hope.

Acho todos os seus livros bem escritos, envolventes e cheios de sentido crítico. Mas, este pequeno conto não me convenceu. Apesar disso, fico satisfeita por estar a par de todo o seu trabalho literário. Podem encontrar e ler as seguintes opiniões: Normal People e Conversations With Friends. 

Classificação: 3 ⭐⭐⭐

O Acontecimento de Annie Ernaux | Livros

Sinopse:

"Uma jovem de 23 anos, estudante universitária brilhante, descobre que está grávida. Tomada pela vergonha, consciente de que aquela gravidez representará um falhanço social para si e para a sua família, sabe que não poderá ter aquela criança. Mas, na França de 1963, o aborto é ilegal e não existe ninguém a quem possa acorrer. Quarenta anos mais tarde, as memórias daquele acontecimento continuam presentes, num trauma impossível de ultrapassar e cujas sombras se estendem para além da história individual. Escrito com uma clareza acutilante, sem artifícios, este é um romance poderoso sobre sofrimento, justiça e a condição feminina. Escrito por Annie Ernaux em 1999, foi adaptado ao cinema em 2021 por Audrey Diwan, num filme vencedor do Leão de Ouro em Veneza."

Género: Literatura Francesa.

Ano de Publicação: 2022.

Editora: Livros do Brasil.

Páginas: 86.

Avaliação no Goodreads: 4.32 ⭐⭐⭐⭐

Crédito - O Acontecimento de Annie Ernaux | Livros

Opinião:

Tenho a dizer que ler Annie Ernaux, é querer encostar cada livro lido no peito por uns momentos e deixar o nosso coração sentir. Depois de ler "O Lugar" (sobre a relação com o pai) e "Uma Paixão Simples" (sobre a obsessão e desejo por um homem casado), parti para "O Acontecimento" com grandes expectativas e mais uma vez, não desiludiu.

Era normal, e até ela. durante dois anos, só tinha conseguido entrar na sala de aula de filosofia com a cabeça baixa, olhando para o chão.

Neste livro, descobrimos que a nossa personagem principal, uma aluna universitária que é educada com as mais altas esperanças para sair do meio operário, se encontra grávida, de um estrangeiro com quem pouco mantém correspondência. 

Essa exploração vai se inscrever na trama de um relato, o único capaz de recuperar um acontecimento que era apenas dentro e fora de mim.

Este acontecimento ocorre sob o panorama do assassinato de John F. Kennedy. Neste ambiente político, a IVG - Interrupção Voluntária da Gravidez - é proibida com pena de prisão e multa. Tanto para a pessoa responsável por realizar o aborto como para a pessoa responsável por o desejar.

A Irmã Sorriso é dessas mulheres, jamais encontradas, mortas ou vidas, reais ou não, com quem, apesar de todas as diferenças, eu sinto ter alguma coisa em comum. Elas formam em mim uma cadeia invisível em que convivem artistas, escritoras, heroínas de romance e mulheres da minha infância. Tenho a impressão de que a minha história está nelas.

Não obstante, este cenário de mudança e de opressão, lidamos ainda com os sentimentos da estudante e das ações dos envolvidos nesta narrativa sob a forma de um livro de memórias. Escreve-nos como se fosse um diário, em  que todas as palavras são sob estes meses de gravidez e portanto, da clandestinidade do aborto. A autora afirma publicamente ser autobiográfico.

Foi a única vez em minha vida adulta que tive vontade de fazer um desenho.

O período abrangido é entre fevereiro a outubro de 1999. O romance inicia com a espera do resultado num consultório médico de um teste de VIH. E, esse medo que antecipa o enredo acaba por colmatar em alguns casos o desespero das próximas páginas.

Pois, para além de todas as razões sociais e psicológicas que pude encontrar naquilo que vivi, existe uma da qual estou mais certa do que tudo: as coisas aconteceram comigo para que eu as conte. E o verdadeiro objetivo da minha vida talvez seja apenas este: que meu corpo, minhas sensações e meus pensamentos se tornem escrita.

O que mais admiro na escrita de Annie Ernaux, é o de nos contar tanto em poucas páginas, e de maioritariamente as palavras serem autobiográficas. 

Classificação: 4 ⭐⭐⭐⭐

Uma Paixão Simples de Annie Ernaux | Livros

Sinopse:

"De um lado, uma mulher culta, independente, divorciada e já com filhos adultos. Do outro, um homem casado, estrangeiro, mais jovem, por quem ela perde completamente a cabeça. E por quem espera, dia após dia. Se o tema parece trivial, não o é, de todo, o modo como os dois anos que dura esta «paixão simples» são contados: no seu estilo frontal, acutilante, despido de vergonhas e julgamentos, Annie Ernaux desfoca a linha ténue entre ficção e autobiografia e põe na voz da narradora as confidências da história de uma relação que toma conta de tudo, que extasia e rebaixa, fonte da maior felicidade e da mais dolorosa solidão. Viver algo assim será, talvez, o maior privilégio da existência. Lançado em 1992, Uma Paixão Simples surpreendeu o panorama literário francês, quebrando os estereótipos do romance sentimental pelo seu erotismo e pela sua honestidade. Em 2020, foi adaptado ao cinema por Danielle Arbid."

Género: Literatura Francesa, Romance.

Ano de Publicação: 2022.

Editora: Dois Mundos.

Páginas: 64.

Avaliação no Goodreads: 3.91 ⭐⭐⭐

Crédito - "Uma Paixão Simples" de Annie Ernaux | Livros

Opinião:

Depois de ler "O Lugar" de Annie Ernaux, experimentei um livro que ainda gostei mais: "Uma Paixão Simples". 

Quando lia, as frases que me faziam parar também eram sobre as relações entre um homem e uma mulher.

Neste livro, a autora partilha connosco a história de uma mulher que tem uma paixão por um homem casado. Cumpre obrigatoriamente o seu horário de trabalho, mas não tem realmente uma vida além dessa obsessão. 

Era como os exames, antigamente, quanto mais tempo passasse depois da prova mais eu tinha a certeza de chumbar, quanto mais os dias se sucediam sem ele telefonar mais eu tinha a certeza de que ele me tinha deixado.

Chega a ter receio de perder as suas chamadas ou de o encontrar com a esposa e tomar qualquer ação ou reconhecimento que possa provocar zangas no matrimónio. Vive o mínimo possível porque está apaixonada e vive os dias atormentada pela possibilidade de ele o deixar e não passar de um caso fortuito. 

Muitas vezes, eu tinha a impressão de viver esta paixão como se estivesse a escrever um livro: a mesma necessidade de não falhar nenhuma cena, a mesma preocupação com todos os pormenores.

Aborda muitas questões que eu própria me relacionei e outras das quais se pode ter a certeza da toxidade e do menosprezo na relação em que ela desempenha o velho papel de amante. Sejam elas: o receio de ela julgar que já não merece a sua atenção, o facto de não querer fazer nada para que estivesse sempre disponível assim que lhe conviesse ou ainda a preferência dela continuar nessa condição independentemente das consequências.

E adivinhava - tanto quanto isso é possível com um estrangeiro - que ele não se sentia atraído por coisas intelectuais e artísticas, apesar do respeito que lhe inspiravam.

Acima de tudo, não existe vergonha nas palavras escritas e guarda o anonimato dele. A história não é dele, mas sim dela e da paixão que sentiu. Acho um livro corajoso, nu de lógica e forte. Vou continuar a mergulhar nos livros de Annie porque me parecem tesouros. 

Classificação: 5 ⭐⭐⭐⭐⭐

O Peso do Pássaro Morto de Aline Bei | Livros

Sinopse:

"A vida de uma mulher, dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, uma geração após a outra. Um livro denso e leve, violento e poético.

É assim O peso do pássaro morto, romance de estreia de Aline Bei, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita."

Género: Romance.

Ano de Publicação: 2019.

Editora: Nós.

Páginas: 175.

Avaliação no Goodreads: 4.50.

Crédito - O Peso do Pássaro Morto de Aline Bei | Livros

Opinião:

Depois de ler, "Pequena Coreografia do Adeus", de Aline Bei, decidi ler o seu romance de estreia: O Peso do Pássaro Morto.

a escola inteira chorou, inclusive o banheiro. estourou um cano e disseram que era vazamento mas para mi aquilo era a parede chorando.

Este livro aborda a morte em várias fases da vida e do contacto que acabamos por ter com essa temível notícia. Felizmente, eu não perdi nenhum amigo de infância, mas aos 8 anos a nossa personagem principal perde a sua melhor (e única) amiga, a Carla. 

ele não parecia mais tão sabido. parecia um velho Triste esquecido de tudo.

Ela tinha uma relação bonita com a Carla, que não só lhe ajudava a combater o seu medo de borboletas como com as suas dúvidas de matemática. Portanto, tinham uma relação diria até que sólida, de ajuda mútua e de pura amizade.

a saudade é amor e é dos vivos.

Essa primeira abordagem e compreensão da morte numa fase ainda de crescimento ganha um impacto precoce mas, forte. Acabamos por acompanhar esta personagem até aos 52 anos, as várias notícias de falecimento que recebe e de como essas partidas têm um peso muito grande na sua vida.

 que nojo me dava do amor virando posse, das pessoas virando cruas.

Além deste tópico, sobre o valor das primeiras perdas, na vida desta mulher; assimilamos outros temas também fortes como a violação sexual, o bullying, a solidão e os traumas. 

as mulheres abusadas nas trincheiras e nos viadutos não estão nos livros de história.

É uma narrativa pesada, mas que vale muito a pena. Eu já tinha gostado muito do seu livro anterior, no entanto, este acabou por me conquistar mais. Inclusive, a autora deu uma entrevista onde conta a origem do título do livro e nesta partilha sobre como o livro foi inspirado na sua vida. 

Classificação: 5 ⭐⭐⭐⭐⭐

Queen Charlotte: A Bridgerton Story | Minissérie

Sinopse:

"Betrothed against her will to King George, young Charlotte arrives in London on her wedding day and faces scrutiny from the monarch's cunning mother."

Ano de Publicação: 2023.

Criadora: Shonda Rhimes.

Género: Romance, História, Drama. 

IMDB: 7.3.

Crédito - Queen Charlotte: A Bridgerton Story | Minissérie

Opinião:

Rainha Charlotte é a prequela de Bridgerton.  Uma das séries mais bonitas que vi este ano e, uma das séries de época mais bem feitas há muito tempo. Podem ler a minha opinião sobre a série principal: Bridgerton, onde conto a minha experiência.

Vi esta minissérie com as mãos em frente dos olhos. Não faço isso com filmes de terror, mas aparentemente faço-o em momentos tristes. A história de Charlotte está repleta de tristeza. Portanto, aconselho a terem lenços por perto. 

Acompanhamos Charlotte a sair da sua cidade, do seu palácio e a despedir-se do seu irmão para casar com o príncipe de Inglaterra, o Rei Charles. Ela é uma mulher já com boa educação, com sentido crítico e ao mesmo tempo que sabe quais são os seus deveres reais, encontramos-lhe no primeiro episódio a despedir-se também da sua liberdade.

Na verdade, este casamento faz parte de um experimento social étnico. A questão reside se as pessoas negras são iguais e igualmente capazes às pessoas brancas. Como esta questão prende-se com o seu único filho e o mais poderoso do reino, a escolha da Rainha mãe é do interesse de que esta união seja bem sucedida.

O que não estão à espera é que o Rei Charles e a futura Rainha Charlotte se apaixonem. Mas, um segredo do rei vai testar o verdadeiro amor entre eles. Por outras palavras, afirmo que esta minissérie vale muito a pena. 👑

The Song of Achilles de Madeline Miller | Livros

Sinopse:

"Greece in the age of heroes. Patroclus, an awkward young prince, has been exiled to the court of King Peleus and his perfect son Achilles. Despite their differences, Achilles befriends the shamed prince, and as they grow into young men skilled in the arts of war and medicine, their bond blossoms into something deeper - despite the displeasure of Achilles's mother Thetis, a cruel sea goddess.

But when word comes that Helen of Sparta has been kidnapped, Achilles must go to war in distant Troy and fulfill his destiny. Torn between love and fear for his friend, Patroclus goes with him, little knowing that the years that follow will test everything they hold dear."

Género: Mitologia.

Ano de Publicação: 2012.

Editora: HarperCollins.

Páginas: 328.

Avaliação no Goodreads: 4.35 ⭐⭐⭐⭐

Crédito - The Song of Achilles de Madeline Miller | Livros

Opinião:

"The Song of Achilles" de Madeline Miller é um dos livros mais acarinhados e recomendados por toda a internet. Fazia parte da minha TBR de Junho e, foi um dos livros que mais gostei de descobrir. 

And as we swam, or played, or talked, a feeling would come.

Este livro é narrado pela perspetiva do companheiro de Achilles e o filho do Rei Menoitius. Quando  acidentalmente, Patroclus, mata outro rapaz do reino, é exilado pelo próprio pai e encontra abrigo na corte do Rei Peleus. 

I could smell the sea. It was everywhere, in my hair, in my clothes, in the sticky damp of my skin.

É assim que a história de amizade e de amor entre Achilles e Patroclus começa. Enquanto que o príncipe Achilles é educado para ser o maior guerreiro e defensor nobre da Grécia, Patroclus desde o acidente que abomina o ato de assassinar e por isso, escolhe aprender antes as curas da medicina e o que bem que pode fazer.

Their deaths will lift yourn name to the stars.

Estas duas diferenças entre eles vai estar marcada ao longo da cronologia mitológica em que nos debruçamos. Para salientar esse contraste o primeiro é sempre acompanhado por um orgulho exorbitante humedecida pela humildade do seu parceiro.

He is half of my soul, as the poets say.

A perspetiva de Patroclus sobre a memória de Achilles é bastante bonita de se ler, tendo em conta, que se trata de um dos maiores combatentes e herói da mitologia grega. Denota-se o amor e a admiração que este sempre lhe guardou independentemente de quantas vezes tem de sujar as mãos de sangue. 

I was listening to the drumbeat of my own impatient heart.

Recomendo ainda a leitura do livro: O Silêncio das Mulheres de Pat Barker que nos é narrado por Briseida. Um livro que traz do pano de fundo o seu silêncio e nos conta como se tornou no troféu de Achilles. 

Classificação: 5 ⭐⭐⭐⭐⭐

A Mãe | Filmes

Sinopse:

"Uma assassina com treino militar sai do esconderijo para proteger a filha que nunca conheceu de implacáveis criminosos em busca de vingança."

Ano de Publicação: 2023.

Diretor: Niki Caro. 

Género: Ação, Thriller. 

IMDB: 5.6.

Crédito - A Mãe | Filmes

Opinião:

Como um dos títulos sugeridos pela Netflix na secção de filmes, apareceu o filme "A mãe". Um thriller de uma mulher que se torna uma assassina, ao mesmo tempo que, protege a filha dos criminosos que a querem raptar só para se vingarem.

O papel da mãe é desempenhado pela Jennifer Lopez e é a única do elenco que já conhecia. Apesar de haver uma ou outra particularidade que nos faz duvidar da veracidade da própria história, a verdade é que é um thriller que gostei.

Já sabemos que o amor de mãe é fortemente contruído e intuitivo e, neste filme denota-se perfeitamente que não existem hesitações sobre esse vínculo. Acho inclusive que essa é uma das partes mais bonitas: vermos que não existem limites do amor e do sentido de proteção.

Livros com as músicas do Harry Styles

Imagem da minha autoria - Livros com as músicas do Harry Styles

Assim que vi este desafio no instagram da Elga Fontes, soube que também queria contribuir com as minhas escolhas literárias. Eu adoro as músicas do Harry Styles e, tenho muito carinho pelas suas letras musicais. Por isso, foi também um prazer poder associar um livro a uma música do artista.

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A letra em particular desta música fez me associar à personagem Lily Bloom de "It Ends With Us" da Colleen Hoover. A mãe dela sofreu de violência doméstica e, por isso, cresceu com esse medo bastante presente até que não consegue acreditar que o rapaz por quem se apaixona na vida adulta, acaba igualmente por lhe causar maus tratos. 

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Bastou o título desta música ser mencionada que fiz de imediato a associação literária. "Uma Pequena Vida" de Hanya Yanagihara é um livro duro emocionalmente. Mas especialmente porque, Jude St. Francis, se revê nesse conceito de um little freak graças ao passado traumatizante que lhe assombra os dias.

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Já partilhei as minhas desilusões com este livro e, ainda a recomendação dele na publicação em que partilhei a minha opinião. No entanto, a simples menção a Watermelon (melancia) fez-me recordar a história "In Watermelon Sugar" de Richard Brautigan. 

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Logo na primeira referência do excerto da música que podem ver na imagem acima recordou-me da primeira experiência do Ron a conduzir no carro com o Harry até Hogwarts. Uma aventura que corre mal porque não só não conseguem tornar o carro invisível por muito tempo como ainda terminam a viagem numa das árvores mais perigosas da escola. Podem encontrar este episódio no livro Harry Potter e a Câmara dos Segredos de J.K. Rowling.

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The House In The Cerluean Sea de TJ Klune é talvez das minhas leituras mais recentes e, ainda assim arranjei um espacinho para a incluir nesta Tag Literária. Associo muito os dois primeiros versos destacados desta música à personagem de Mr. Parnauss, já a última relaciona-a com Mr. Baker. Não só os dois desenvolvem carinho um pelo outro como por um curto tempo parece que não vão poder retomar esse início de relação e de borboletas na barriga. 

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Esta música foi a que mais me fez pensar na minha escolha literária. Não só porque existe uma tentativa de apoio e de acalmar o choro como existe a ameaça de o mundo acabar e de ser preciso fugir. Algo bem pesado e, que acabei por conectar à história O Silêncio das Mulheres de Pat Barker. 

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Este livro conta uma história muito delicada e, de certa forma triste. Fifty Words For Rain de Asha Lemmie pode parecer um livro com direito a final feliz, mas não se enganem. Tal como os versos da música, também a nossa protagonista é a única que fica e a perda é insubstituível. 

Todos os livros que incorporei neste desafio são livros que realmente valem a pena ler. E, agora vou cuscar o resto das tags da minha mais recente criadora de conteúdo favorita. 🍉

Every Summer After de Carley Fortune | Livros

Sinopse:

"Five summers to fall in love. One moment to fall apart. A weekend to get it right.

A magazine writer has to make a choice when she returns to the lake she grew up on, and to the man she thought she'd never have to live without, in this achingly nostalgic debut.

They say you can never go home again, and for Persephone Fraser that has felt too true for the last decade, ever since she made the biggest mistake of her life. Instead of glittering summers on the lakeshore of her childhood, she spends them in a stylish apartment in the city, going out with friends, and keeping everyone a safe distance from her heart.

Until the day she gets a call that sends her racing back to Barry's Bay and into the orbit of Sam Florek. For five summers, through hazy afternoons on the water and warm summer nights working in his family restaurant and curling up together with books-medical textbooks for him and work-in-progress horror short stories for her-Percy and Sam had been inseparable. And slowly that friendship turned into something breathtakingly more, before it fell spectacularly apart.

When Percy returns to the lake to attend Sam's mother's funeral, their connection is as undeniable as it had always been. Percy must confront the decisions she's made and the years she's spent punishing herself for them, in order to determine, once and for all, whether their love might be bigger than the biggest mistakes of their past. Told over the course of five years and one weekend, Every Summer After is a big, sweeping look at love and the people and choices that mark us forever."

Género: Romance. 

Ano de Publicação: 2022.

Editora: Little, Brown Book Group.

Páginas: 320.

Avaliação no Goodreads: 4.26 ⭐⭐⭐⭐

Goodreads Choice Award: Nominee for Best Romance (2022), Nominee for Best Debut Novel (2022) 

Crédito - Every Summer After de Carley Fortune | Livros

Opinião:

"Every Summer After" de Carley Fortune foi um dos primeiros livros que li da TBR de Junho. Estava muito curiosa e os meus domingos foram passados à beira rio pelo que todo o ambiente do livro passou para a minha realidade.

The fourth cocktail had seemed like a good idea. So did the bangs, come to think of it

Além disso fez também parte da leitura conjunta do clube literário - Livra-te! E, acho que a opinião geral deste livro foi bastante unânime. Transporta-nos para as férias de verão de Percy onde os seus vizinhos são dois rapazes aventureiros, bronzeados e muito relaxados. 

These days I'm Persephone to almost everyone. Sometimes I'm P. But I'm never Percy.

Rapidamente, percebemos a facilidade com que a nossa protagonista principal se deixa enamorar por um dos irmãos que acaba por ter a mesma idade, o Sam. Mostra-lhe os seus filmes de terror favoritos, faz-lhe uma pulseira da amizade e quando não está na água, está provavelmente deitada a ler. 

I'm suddenly thirteen years old and slathered in SPF 45, reading paperbacks on dock.

Por contrapartida, ele é amante da água, estuda para um dia se tornar médico e é o tipo de amigo em que a mera presença acalma. 

And not for the first time, it feels like someone stole the script to my life story and wrote it all wrong.

A história é narrada entre o passado e o presente. Sabemos que Percy cometeu um erro terrível e, que é essa culpa que a faz abandonar o lugar onde passava todos os verões. No entanto, após uma chamada tem de voltar a Barry's Bay e confrontar, por fim, o passado.

I had a thing for horror.

Confesso que esse erro é descomplicadamente desvendado por nós leitores e que, a nível pessoal, para mim não existiria provavelmente um final feliz. Porém, neste livro temos um lado mais cor de rosa e de certa forma, dá-nos o que promete: um romance leve. 

Sam was fast becoming my favorite person.

Ambos sentem um turbilhão de emoções, mas hesitam em partilhar esta sua paixão secreta um pelo outro. Eles são tudo o que queremos de um livro que constitui uma das troops mais bonitas: friends to lovers. 

Classificação: 5 ⭐⭐⭐⭐⭐

O Lugar de Annie Ernaux | Livros

Sinopse:

"Livro que lançou Annie Ernaux à fama, O lugar, inédito no Brasil, estabelece as bases para o projeto literário que Ernaux levaria adiante por três décadas de consagração crítica e sucesso de público. Nesta autossociobiografia, uma das mais importantes escritoras vivas da França se debruça sobre a vida do próprio pai para esmiuçar relações familiares e de classe, numa mistura entre história pessoal e sociologia que décadas mais tarde serviria de inspiração declarada a expoentes da auto ficção mundial e grandes nomes da literatura francesa como Édouard Louis e Didier Eribon. O resultado é um clássico moderno profundamente humano e original."

Género: Literatura Francesa.

Ano de Publicação: 2021.

Editora: Fosforo Editora.

Páginas: 85.

Avaliação no Goodreads: 3.88 ⭐⭐⭐

Crédito - O Lugar de Annie Ernaux | Livros

Opinião:

Recentemente os livros de  Annie Ernaux têm sido republicados, redescobertos e relidos. No ano passado, foi galardoada com o prémio Nobel da Literatura. Por isso, este mês reservei "O Lugar" que de todos é o que mais me interessava ler pelo tema da perda do pai. 

Só há pouco percebi que escrever o romance é impossível. Para contar a história de uma vida regida pela necessidade, não posso assumir, de saída, um ponto de vista artístico, nem tentar fazer alguma coisa «cativante» ou «comovente».

É um livro sobre as dinâmicas das relações familiares, sobre a sua educação e crescimento, mas também sobre as diferenças das classes sociais. Desta forma, este livro, serviu não só para conhecer a escrita da autora como o deslumbramento das suas histórias que estão nestes últimos meses a encantar uma boa percentagem de leitores.

Nada de memória poética, nem de ironia grandiloquente. Percebo que começa a vir com naturalidade uma escrita neutra, a mesma escrita que eu usava em outros tempos nas cartas que enviava aos meus pais contando novidades.

Eu particularmente gostei deste livro, no entanto, não senti que foi um romance arrebatador tal como esperaria. É honesto, cru nos sentimentos e até bastante descritivo na quantidade certa. Mas, estava à espera de encontrar a tristeza que se sente quando alguém que nos é muito importante parte. Nesse lugar, senti antes pena e autocomiseração. 

Quando leio Proust ou Mauriac, não consigo acreditar que eles se referem à mesma época em que meu pai era criança. O ambiente em que o meu pai vivia era medieval.

Não obstante, é um livro que nos faz pensar sobre as nossas próprias relações familiares e dependendo delas o nosso grau de sorte e de medo. Medo de também voltarmos a perder esse alguém que nos é tão especial. 

Escrevo bem devagar. Enquanto me esforço para reconstruir a trama de significados de uma vida, levando em conta acontecimentos e escolhas, tenho a sensação de que vou perdendo, na essência, a figura do meu pai.

Creio que a autora passou uma mensagem robusta e ao mesmo tempo singela. Robusta pela maneira de amar muito própria do seu pai e marcada pela falta de assuntos e, no fundo de ligação. Singela, na medida que, nos conta muito em tão poucas palavras.

Classificação: 3 ⭐⭐⭐

Top 3 Livros de 2023 (Abril - Junho) | Livros

Imagem da minha autoria - Top 3 Livros de 2023 (Abril - Junho) | Livros

Chegou o momento de partilhar convosco as minhas leituras preferidas e lidas entre Abril e Junho. Depois de dar início a esta publicação, lembro-vos também de reler os livros que mais gostei de ler entre Janeiro e Março aqui.

Imagem da minha autoria - Top 3 Livros de 2023 (Abril - Junho) | Livros

Uma Pequena Vida de Hanya Yanagihara é um dos livros que marca 2023. Recordo-me vagamente de chegar a meio do livro e, sentir que ainda tinha lido pouco e o meu desejo de estender a descoberta do passado de Jude. Queria sempre mais, sem essencialmente chegar ao fim. 

Imagem da minha autoria - Top 3 Livros de 2023 (Abril - Junho) | Livros

Nesta decisão, abraço ainda o livro Amêndoas de Won-Pyung Sohn. Acho que este livro é uma das histórias mais poeticamente tristes que já li. Poeticamente porque cada palavra parece conter uma nova vaga de emoção e, por isso, esse recheio chega a ser bonito. Além disso, introduz-nos para um tema da saúde, neste caso a Alexitimia, uma dificuldade em identificar emoções. Aborda igualmente o peso do significado da palavra monstro e o valor que acarreta para a nossa personagem principal.

Imagem da minha autoria - Top 3 Livros de 2023 (Abril - Junho) | Livros

The House In The Cerluean Sea de TJ Klune é um livro que me sabe ainda a conforto, a amizade e à esperança de acreditarmos nos nossos sonhos. Acho que a leitura deste livro é perfeita para ler agora no verão, uma vez que grande parte da ação desenrola-se numa casa acima do mar. Podem mergulhar nestas páginas e aproveitem ao máximo cada personagem. 

Quais são os vossos títulos preferidos à corrida deste ano? 🦽📚🐚

O Prazer da Leitura de Ondjaki, Afonso Cruz, Onésimo Teotónio Almeida , Ricardo Adolfo e Dulce Maria de Cardoso | Livros

Sinopse:

"Para celebrar este Dia Mundial do Livro, e pelo quarto ano consecutivo, a FNAC edita o livro: O Prazer da Leitura.

São cinco contos inéditos de cinco autores portugueses: Ondjaki, Afonso Cruz, Onésimo Teotónio de Almeida, Ricardo Adolfo e Dulce Maria Cardoso. A totalidade das receitas reverte a favor da AMI."

Género: Contos.

Ano de Publicação: 2011.

Editora: Fnac/Teodolito.

Páginas: 126.

Avaliação no Goodreads: 3.61.

Fotografia da minha autoria  - O Prazer da Leitura de Ondjaki, Afonso Cruz, Onésimo Teotónio Almeida , Ricardo Adolfo e Dulce Maria de Cardoso | Livros 

Opinião:

Na Feira do Livro de Lisboa, um dos livros que trouxe comigo foi o quarto volume da edição organizada pela Fnac para comemora o Dia Mundial do Livro onde junta escritores nacionais para contribuírem com as suas palavras.

Apenas sorriram sem trazer frases e abraços incómodos, o trompetista aquecia a voz com a bebida, tremia das mãos mais do que tremia com o coração

Comprei este livro por 3€ numa banquinha e, foi das aquisições mais bem justificadas e prazerosas que fiz. Esta edição junta todos os autores portugueses que brevemente quero descobrir sem exceção. E, não só pude ter um vislumbre da sua forma de escrever e de contar histórias, como realçou este meu desejo de ler os seus livros. 

Há quem diga que, quando voltamos a ler um livro, anos depois, não é o mesmo livro.

Os meus contos preferidos foram os do Onésimo Teotónio Almeida e da Dulce Maria de Cardoso. Mas todos valem bem a pena de ser descobertos. Estas contribuições para esta data tão bonita (eu sou suspeita, mas gosto mesmo muito) tornaram este meu amor pelos livros ainda mais especial.

Cheguei mesmo a pensar escrever um livro só com inícios.

É o primeiro que leio dos 13 livros que comprei e, agora, estou ainda mais entusiasmada pelas próximas leituras! 🔖

Classificação: 5 ⭐⭐⭐⭐⭐